quarta-feira, 16 de outubro de 2019

SE TEMEREM O FOGO PODEM ACABAR MORTOS

Todos os cães devem familiarizar-se com o fogo para não o temerem como sucede com os lobos e poderem escapar-lhe. A indispensável habituação ao fogo, não a sua adaptação, deverá acontecer de forma gradual, encurtando-se as distâncias entre o cão e as labaredas. Quando cão já circular à volta do fogo à vontade e sem correr riscos, é altura de o fazer avançar entre pequenas filas de chamas. Caso manifeste segurança e confiança para isso, é chegada a hora de o convidar a transpor pequenas verticais moderadamente incendiadas.
Convém que o cão ultrapasse o fogo para aprender a esgueirar-se, porque doutro modo poderá acabar inadvertidamente esturricado e morto. Assim, é obrigação das escolas providenciar para os seus instruendos caninos vários obstáculos que se prestem para este efeito, nomeadamente o “Arco do Fogo”, cuja base do círculo deverá evoluir dos 40 para os 120 cm de altura. Por conseguinte, nenhum cão poder-se-á considerar apto numa pista táctica senão vencer o obstáculo atrás adiantado, porque doutro modo a sua salvaguarda é posta em causa.
É fundamental que os cães vençam obstáculos deste tipo para experimentarem o sucesso e a vitória que poderão salvar-lhes a vida. A habituação aos fogos e a sua ultrapassagem não devem obedecer a uma cronologia predefinida, porque cada cão adapta-se num tempo diferente, segundo o seu perfil psicológico, impulsos herdados e mestria do seu condutor. O que importa é que o fogo não se constitua num trauma para os cães, coisa fácil de acontecer quando se vai depressa demais.

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