Todos os cães devem
familiarizar-se com o fogo para não o temerem como sucede com os lobos e
poderem escapar-lhe. A indispensável habituação ao fogo, não a sua adaptação,
deverá acontecer de forma gradual, encurtando-se as distâncias entre o cão e as
labaredas. Quando cão já circular à volta do fogo à vontade e sem correr
riscos, é altura de o fazer avançar entre pequenas filas de chamas. Caso manifeste
segurança e confiança para isso, é chegada a hora de o convidar a transpor pequenas
verticais moderadamente incendiadas.
Convém que o cão
ultrapasse o fogo para aprender a esgueirar-se, porque doutro modo poderá
acabar inadvertidamente esturricado e morto. Assim, é obrigação das escolas providenciar
para os seus instruendos caninos vários obstáculos que se prestem para este
efeito, nomeadamente o “Arco do Fogo”, cuja base do círculo deverá evoluir dos
40 para os 120 cm de altura. Por conseguinte, nenhum cão poder-se-á considerar
apto numa pista táctica senão vencer o obstáculo atrás adiantado, porque doutro
modo a sua salvaguarda é posta em causa.
É fundamental que os cães
vençam obstáculos deste tipo para experimentarem o sucesso e a vitória que
poderão salvar-lhes a vida. A habituação aos fogos e a sua ultrapassagem não devem
obedecer a uma cronologia predefinida, porque cada cão adapta-se num tempo
diferente, segundo o seu perfil psicológico, impulsos herdados e mestria do seu
condutor. O que importa é que o fogo não se constitua num trauma para os cães,
coisa fácil de acontecer quando se vai depressa demais.
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