Celebra-se hoje o DIA DO ANIMAL e
como de costume acontecem aqui pequenos eventos urbanos acerca da efeméride.
Exceptuando os canis e gatis de abrigo, que precisam e merecem ser ajudados,
não com esmolas como até aqui, mas com subsídios que se vejam pela sua
importância social, a maioria dos participantes nos certames aproveita a
ocasião para se promover ou publicitar, ainda que debaixo de uma capa solidária
profundamente empenhada no bem-estar dos animais – associa-se ao evento quem
tem a ganhar com ele! Num dia assim, celebrar os animais é humanizá-los,
entendê-los para além daquilo que são e não do que precisam, porque no dia do
animal muitos cães continuarão a ficar fechados, arredados do exercício físico,
dispensados da limpeza diária, confinados em espaços exíguos e condenados a
comer rações impróprias. Não obstante, alguns deles receberão uma fatiota nova,
um bolo ou outro presente por ser o seu dia! E no meio desta feira de vaidades,
a quem a hipocrisia empresta um brilho especial, o tarado não se distingue do
exótico e os homens voltam a ser crianças. Eu coabito diariamente com dois
Pastores Alemães e faço de cada dia um dia do animal, não porque os humanize ou
divinize, mas apostado no seu bem-estar vejo as diferenças e respeito-os como
são – cães!
sexta-feira, 4 de outubro de 2019
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