Através de um estudo suíço
publicado na última Quarta-feira, 16 de Outubro, intitulado “Raw meat-based
diets for companion animals: a potential source of transmission of pathogenic
and antimicrobial-resistant Enterobacteriaceae” (Dietas à base de carne crua
para animais de companhia: uma fonte potencial de transmissão de
Enterobacteriaceae patogénica e resistente a antimicrobianos), da autoria de Magdalena
Nüesch-Inderbinen, Andrea Treier, Katrin Zurfluh e Roger Stephan, ficamos a
saber que alimentar cães e gatos com carne crua pode ser prejudicial para a sua
saúde, uma vez que essas dietas não estão isentas de riscos, porque os
alimentos não cozidos podem conter bactérias, algumas resistentes aos
antibióticos, que os nossos pets podem transmitir-nos.
Para chegar a estas
conclusões, os pesquisadores e autores do estudo analisaram 51 alimentos para
animais feitos com carne crua comercializada na Suíça. Como resultado, 37 (73%)
deles apresentaram um nível de Enterobacteriaceae superior aos padrões
estabelecidos pelas regulamentações europeias; 2 (4%) estavam contaminados com
salmonela e 32 (mais da metade) continham bactérias resistentes a antibióticos
que são transmissíveis aos seres humanos, como Escherichia coli. Para Magdalena
Nüesch-Inderbinen, primeira autora do estudo “a resistência aos antibióticos é
um problema que afecta a sociedade como um todo, sendo importante identificar
as fontes de libertação que representam um risco para saúde pública e animal”.
Diante
destas conclusões, numa Europa onde este tipo de dietas está a tornar-se cada
vez mais popular entre os proprietários de cães e gatos, na procura de dentes
saudáveis, uma pelagem brilhante, boa saúde e dietas sem aditivos, há que dizer
não à tendência a bem da saúde de seres humanos e animais – Dieta Bark? Não,
Obrigado!
PS:
Torna-se por demais evidente que estamos diante de más notícias para aqueles
suíços que no Natal não dispensam cães e gatos nos seu menus.
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