Neste País à beira-mar plantado,
que vive do sensacionalismo e onde pouco ou nada sucede, dominam as notícias do Julgamento da Rosa Grilo e a constituição do novo governo.
Sobre o Julgamento da Rosa, há que dar o valor à arguida, talvez uma das
últimas representantes da mais genuína esperteza saloia, que negando ser a
assassina do marido, continua a imputar o crime a uns angolanos nunca vistos.
Sobre a constituição do novo governo, o XXII de Portugal, nunca se viu
um tão numeroso, constituído por 71 membros e 51 secretários de estado, o que
em números redondos custar-nos-á mais 7 milhões que o anterior.
Durante anos tive a
oportunidade de acompanhar por perto a chegada a Portugal de vários monarcas,
presidentes da república e primeiros-ministros estrangeiros e reparei num
pormenor extremamente interessante – eram os países mais atrasados que se
faziam representar por um maior número de membros, invariavelmente encafuados num
ou dois autocarros! Oxalá não venha a acontecer, mas se a anunciada crise vier
a suceder, será que podemos despedir “com justa causa” muitos destes altos dignitários
que nos são impostos? Numa altura em que se equaciona a redução do número de
deputados na Assembleia da República, chega agora o Governo com o aumento dos
seus membros! É-nos dito que não são familiares uns dos outros, o que tem uma
certa piada, mas se não é a família que os une, o que será? Uma coisa sei: as
galinhas não precisam de ser irmãs para se arrumarem no mesmo poleiro.
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