Ontem o ZEUS (Doberman)
deslocou-se a casa do CAPO
(Pastor Alemão) para trabalharem em conjunto, servindo o último de padrinho ou
fila-guia do primeiro. Como o Doberman continua resistente a saltar para dentro
do carro da dona, um dos nossos objectivos era consegui-lo, pelo que foi
convidado a saltar o PODIUM e
outras barreiras colocadas à sua frente.
Os cães a quem é cortada a
cauda, por ausência dela, tendem a saltar exagerada e desnecessariamente sobre
pequenos obstáculos, pelo que carecem de aprender a fazer a marcação dos saltos
(chamada) e a executá-los de acordo com a sua curvatura natural (convexidade).
Nas fotos seguintes podemos ver a mesma transposição a ser feitas pelo dois
cães, o primeiro com cauda e o segundo sem ela.
E para que não restem
dúvidas acerca deste modo de saltar anómalo que importa corrigir, podemos ver a
altura e o modo como se projecta o ZEUS sobre um obstáculo de simples resolução
e que exige pouco esforço, agora visto de um plano frontal.
Poucos obstáculos operam a
correcção célere desta anomalia como o Podium, que logo corrige o modo de
saltar dos cães na transposição base a base, obrigando-os a uma projecção
côncava e acertada na procura do elemento seguinte, o que é possível na foto
que se segue. Para que isso aconteça como se deseja é importante que o condutor
esteja adiantado em relação ao cão na ocasião da transposição, cuidado que a
Svetlana teve como se pode observar, ainda que tenha manifestado alguma delonga
na sua apreensão (parece que nunca se agradou muito das aulas de ginástica).
Não obstante, acabou por desenvolver
o arranque rápido indispensável ao desempenho técnico que lhe garantiu o
adiantamento, acabando por suscitar do Zeus um salto de rara beleza, daqueles
de quem se diz serem “para a fotografia”.
E se o Capo deu o mote para
o Zeus, a Carla serviu de exemplo para a Svetlana. Sobre a Carla importa dizer que,
quando convidada para isso, conduziu o Zeus de modo irrepreensível, pormenor
técnico que foi muito saudado pelo adestrador, que apesar de se alegrar com as
pequenas vitórias, nem sempre tem essa sorte. Pondo de lado os requisitos
técnicos, o treino de ontem serviu também para as senhoras se conhecerem,
trabalharem em conjunto (equipa) e estabelecerem amizade, num treino
descontraído que não deixou de ser exigente.
Eis a síntese do que foi
feito ontem, num final de tarde bem quente, com o céu alaranjado sobre os
campos secos, calor esporadicamente aliviado pelo vento zéfiro que insistia em
ser nosso aliado.
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