sexta-feira, 21 de setembro de 2018

AI SE O LOURENÇO SOUBESSE!

Se o Lourenço, um menino de 5 anos, soubesse que os seus cães podiam treinar nos seus carros, os animais dificilmente teriam descanso! Aproveitando o facto do menino ter ido para a escola, optámos por servir-nos dos seus carros estacionados no quintal para exercitarmos o CPA CAPO e a Bull Terrier MAGGIE (a CPA PRADA está com o cio e por enquanto não deseja outro tipo de namoros).
Como iniciámos o treino de hoje pela amanhã, com a temperatura mais amena, decidimos dar seguimento aos saltos dos dias anteriores, evoluindo para verticais abertas (de rede), tendo o cuidado de tapar o espaço vazio entre o final da rede e o solo. O Capo bem depressa percebeu o que era para fazer, muito embora a sua vontade seja por vezes pouca ou nenhuma, ainda mais agora que as cadelas estão com cio.
Depois de vencida a rede constituída em vertical, elaborámos uma sequência progressiva de verticais, da mais baixa para a mais alta, e o cão venceu todas à primeira. A sua condutora experimentou algumas dificuldades no exercício, porque invariavelmente esquecia-se de chamar o animal para “junto” entre as transposições, ausência de correcção que obrigava o cão a saltar “pendurado à esquerda”
O “obstáculo” que apresentava maiores dificuldades de execução era o Jeep eléctrico, porque obrigava a um salto simultaneamente em altura e largura. Mas como a Carla partiu determinada e na frente, o Pastor Alemão, vendo tamanha decisão e incentivo, ultrapassou aquele brinquedo como se já estivesse acostumado a fazê-lo.
Graças ao treino desenvolvido anteriormente sobre o Podium, o Capo já ultrapassa com naturalidade saltos até 2 metros de extensão e elevados a 50 cm. Certos disso, convidámo-lo para saltar um obstáculo composto por dois carros, desafio que não estranhou e que venceu imediatamente, conforme se pode ver na foto seguinte.
Foram cinco as razões que nos levaram a realizar este tipo de trabalho com o cão, a saber: melhorar a sua capacidade instantânea de salto; operar o seu desenvolvimento muscular; dotá-lo de maior resistência; melhorar os seus ritmos vitais e prepará-lo para ultrapassar todo e qualquer obstáculo na sua frente quando a sua salvaguarda for posta em causa. Foram também cinco as razões que nos levaram a convidar a condutora para este esforço: o fortalecimento da liderança; a introdução à técnica de condução; a gestão acertada do esforço animal; a correcta aplicação dos comandos verbais e a melhoria dos seus índices atléticos.
O aumento da temperatura ditou o final do treino e demos por bem empregue o tempo que dispensámos a este binómio que, vitória após vitória, está a transformar-se numa equipa de eleição, evolução que não se pode dissociar da forte cumplicidade havida entre a dona e o cão, na relação óptima entre tratamento e treino.

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