Hoje ao dar uma olhadela
pelo HUFFINGTON POST
online, reparei num artigo, datado do dia 28 do mês passado, acerca dos cães de
terapia presentes em algumas universidades norte-americanas, onde têm como
missão aliviar o stresse provocado pela transição do ensino secundário para as universidades
nos estudantes, mercê de interacções positivas capazes de transmitir calma e
bem-estar aos alunos, já que acariciar um cão pode aumentar a serotonina, a
beta endorfina e a ocitocina, substâncias químicas e hormónios que transmitem
uma sensação de felicidade às pessoas, diminuindo em simultâneo o hormónio do
stresse – o cortisol.
Eu penso que o melhor
combate contra uma doença está na sua prevenção (stress inclusive) e não tanto
na sua cura. É que esta moda de usar os cães por tudo e por nada, já começa a cheirar
a esturro, a uma panaceia que sendo política desconsidera as causas e trata
somente os sintomas, lembrando em muito uma antiga cantilena infantil, hoje
esquecida e referente a gatos: “Bichinha
gata / Que comeste tu? / Sopinhas de leite / Onde as guardaste? / Debaixo da
arca / Com que as tapaste? / Com o rabo do gato / Sape, sape, sape!” Meia-dúzia de festas num cão, substitutas da
palavra mágica “abracadabra” e o stress desaparece!
Duvido que os sucessos
alcançados pelas terapias com animais resultem apenas da sua participação. Os
animais podem ajudar, mas nada podem se não quisermos e não podem substituir
tudo. É a nossa mente que tudo opera, a mesma que nos leva a confiar, muitas
vezes em desespero, em remédios sem nenhum préstimo que acabam por curar-nos, unicamente
porque quisemos que assim fosse - a tanto nos leva a auto-sugestão!
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