Como para todos os
venezuelanos, a vida dos emigrantes portugueses e dos luso-descendentes não tem
sido fácil debaixo do regime de NICOLÁS
MADURO, uma vez que também eles são obrigados a fugir daquela
“REPÚBLICA BOLIVARIANA”,
FARTA EM FOME, MISÉRIA E
VIOLÊNCIA. A maioria dessa gente que consegue escapar, acaba por
desembarcar na ILHA
DA MADEIRA com a roupa que traz no corpo e sem saber falar
português, onde difilmente arranjará emprego e conseguirá reerguer-se, apesar
das suas raízes se encontrarem ali (por alguma razão saíram de lá um dia).
Conhecedor dessa situação,
ANTÓNIO JOSÉ RAMOS
SILVESTRE FERREIRA (na foto seguinte), proprietário da Herdade
do Vale da Rosa, no Concelho de Ferreira do Alentejo, com 230ha, onde se produz
a já afamada e internacionalmente muito procurada uva de mesa sem grainha,
diante da falta de mão-de-obra alentejana, decidiu ir à Madeira ao encontro dos
retornados da Venezuela para lhes dar emprego.
Esta iniciativa individual
conta com os apoios da Região Autónoma da Madeira e da Autarquia de Ferreira do
Alentejo. Silvestre Ferreira paga a cada trabalhador recrutado (seja homem ou
mulher) um salário de 750€ (3.614 Reais), sem contar com as horas de trabalho
extraordinário aos Sábados. Em simultâneo paga a viagem da Madeira para o
Continente e disponibiliza casa a 35€ (168.65 Reais) por mês.
Neste momento já se
encontram a trabalhar nesta empresa do sector agrícola 30 refugiados lusos da
Venezuela, trabalhadores que já começaram a poupar dinheiro para pagar a viagem
aérea da Venezuela para Portugal dos seus familiares e amigos. Entre estes
luso-venezuelanos encontram-se vários licenciados nas distintas áreas do
conhecimento. Oxalá venham a ser bem-sucedidos e que um dia consigam regressar
à Venezuela, donde se viram obrigados a sair e que nunca esquecem. Entretanto,
há que felicitar o empresário das uvas sem grainha e desejar-lhe o maior
sucesso nos seus futuros empreendimentos.
Sem comentários:
Enviar um comentário