quinta-feira, 6 de setembro de 2018

NÓS POR CÁ: AO VALE DA ROSA DEPOIS DOS ESPINHOS!

Como para todos os venezuelanos, a vida dos emigrantes portugueses e dos luso-descendentes não tem sido fácil debaixo do regime de NICOLÁS MADURO, uma vez que também eles são obrigados a fugir daquela “REPÚBLICA BOLIVARIANA”, FARTA EM FOME, MISÉRIA E VIOLÊNCIA. A maioria dessa gente que consegue escapar, acaba por desembarcar na ILHA DA MADEIRA com a roupa que traz no corpo e sem saber falar português, onde difilmente arranjará emprego e conseguirá reerguer-se, apesar das suas raízes se encontrarem ali (por alguma razão saíram de lá um dia).
Conhecedor dessa situação, ANTÓNIO JOSÉ RAMOS SILVESTRE FERREIRA (na foto seguinte), proprietário da Herdade do Vale da Rosa, no Concelho de Ferreira do Alentejo, com 230ha, onde se produz a já afamada e internacionalmente muito procurada uva de mesa sem grainha, diante da falta de mão-de-obra alentejana, decidiu ir à Madeira ao encontro dos retornados da Venezuela para lhes dar emprego.
Esta iniciativa individual conta com os apoios da Região Autónoma da Madeira e da Autarquia de Ferreira do Alentejo. Silvestre Ferreira paga a cada trabalhador recrutado (seja homem ou mulher) um salário de 750€ (3.614 Reais), sem contar com as horas de trabalho extraordinário aos Sábados. Em simultâneo paga a viagem da Madeira para o Continente e disponibiliza casa a 35€ (168.65 Reais) por mês.
Neste momento já se encontram a trabalhar nesta empresa do sector agrícola 30 refugiados lusos da Venezuela, trabalhadores que já começaram a poupar dinheiro para pagar a viagem aérea da Venezuela para Portugal dos seus familiares e amigos. Entre estes luso-venezuelanos encontram-se vários licenciados nas distintas áreas do conhecimento. Oxalá venham a ser bem-sucedidos e que um dia consigam regressar à Venezuela, donde se viram obrigados a sair e que nunca esquecem. Entretanto, há que felicitar o empresário das uvas sem grainha e desejar-lhe o maior sucesso nos seus futuros empreendimentos.

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