JOE
BRAMAN, um treinador de cães profissional com 35 anos de
experiência, hoje aposentado e empresário ligado ao vinho e à cerveja, depois
de haver treinado um grupo de 10 cães no seu rancho, em REFUGIO COUNTY,
no Texas/USA, próprios para caçar caçadores furtivos, fê-los chegar à ÁFRICA DO SUL
onde serão entregues ao SOUTHERN
AFRICAN WILDLIFE COLLEGE (SAWC), para ajudarem a parar a
caça furtiva no PARQUE
NACIONAL KRUGER, nomeadamente ao rinoceronte que se
encontra em vias de extinção.
Estes cães texanos, que
são um presente de Braman e que vêm reforçar o efectivo canino já em actividade
naquele local, foram seleccionados, testados e treinados para rastrear o odor
humano. Ao invés dos outros cães, que trabalham com uma trela longa, estes são
soltos para surpreenderem e apanharem os caçadores furtivos, tendo uma VELOCIDADE MÁXIMA DE 40 KM/H EM DISTÂNCIAS
CURTAS E CONSEGUINDO COBRIR 30 KM EM APENAS 2 HORAS.
Treinados afincadamente
para isso, eles irão agarrar os perseguidos pelas roupas e impedir que fujam,
até que alguém chegue para os prender. Braman faz questão de dizer que estes
cães, em tudo idênticos aos que perseguem os prisioneiros evadidos nos States, “NÃO SÃO ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO, MAS SIM
FERRAMENTAS E CÃES MESMO MAUS”, adiantando que as
cicatrizes que traz no corpo são mostra disso, porque no meio da confusão chegam
a morder-lhe.
A aproximação entre Joe
Braman e o Southern African Wildlife College ficou a dever-se a IVAN CARTER, FUNDADOR DO SAWC, que há muito
conhece e reconhece as mais-valias do trabalho desenvolvido pelo texano, sem
dúvida extremamente útil e adequado para travar a caça ilegal de rinocerontes,
cujos chifres são vendidos a 3.000 dólares por libra (0,45359237 kg), de acordo
com um relatório publicado pela NATIONAL
GEOGRAPHIC em 2016.
Braman, um verdadeiro cowboy
da actualidade, já caçou praticamente tudo com auxílio de cães, desde humanos,
linces, coiotes e até leões da montanha. Estou em crer que no primeiro impacto
os cães levarão vantagem pela surpresa, vantagem que perderão logo que
começarem a cair em armadilhas, forem alvejados ou envenenados, porque sem a
presença do seu dono ou condutor, qualquer cão, ao aumentar a sua
vulnerabilidade, torna-se num alvo fácil de abater. Oxalá os cães doados pelo texano
alcancem longa vida e efectuem grande número de capturas, o que infelizmente será
pouco provável pelos montantes em jogo.
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