Com o aumento vertiginoso
do número de cães, as cidades alemãs do Estado da Renânia do Norte-Vestfália
estão a lutar desesperadamente contra os excrementos caninos que são deixados
nas ruas das cidades do interior, porque não é fácil surpreender os desleixados
donos em flagrante delito (seria preciso um polícia para cada um), apesar das
multas serem avultadas (as portuguesas são ainda mais elevadas).
Em Köln (Colónia) a multa
por não apanhar o cocó do cão pode chegar aos 500€, em Düsseldorf até 150 euros
e em Werne, nas margens do Ruhr, aos 200 euros. Todavia continua a ser muito
difícil encontrar um poluidor-pagador, segundo faz saber Volker Wiebels,
porta-voz da cidade de Mülheim. Por outro lado, os caixotes do lixo com sacos
para os excrementos de cães não surtiram o efeito desejado.
O número de cães não pára
de aumentar na Renânia do Norte-Vestfália. Só de 2016 a 2017, o número de cães
no país cresceu de um décimo para 2,2 milhões, segundo anunciou a Associação
central de Especialistas em Zoologia (ZZF). A iniciativa contra os excrementos de
cães estende-se a toda a Alemanha e ninguém os quer ver nos passeios e nos
parques, especialmente junto aos parque infantis.
Para se ter uma ideia mais
tangente à realidade germânica, basta dizer que só em Köln são apanhadas diariamente
oito toneladas de excrementos de cães das suas estradas e caminhos, e estima-se
que em todo o país sejam apanhadas anualmente 6 mil milhões de toneladas, sendo
uma parte substancial delas proveniente de fezes abandonadas.
Perante tão grave atentado
à saúde pública, as cidades aumentam as multas e esperam que elas obriguem os
donos “mais descuidados” o cumprir o disposto na lei, como aconteceu na cidade
de Werne cuja multa passou dos 35 para os 200 euros.
Aguardam-se novos desenvolvimentos
e outras soluções, porque também aqui o problema se agiganta, apesar das nossas
multas quadruplicarem as alemães nalguns municípios.
Sem comentários:
Enviar um comentário