sexta-feira, 21 de setembro de 2018

ALEMANHA: O INEVITÁVEL ACONTECEU!

Com o aumento vertiginoso do número de cães, as cidades alemãs do Estado da Renânia do Norte-Vestfália estão a lutar desesperadamente contra os excrementos caninos que são deixados nas ruas das cidades do interior, porque não é fácil surpreender os desleixados donos em flagrante delito (seria preciso um polícia para cada um), apesar das multas serem avultadas (as portuguesas são ainda mais elevadas).
Em Köln (Colónia) a multa por não apanhar o cocó do cão pode chegar aos 500€, em Düsseldorf até 150 euros e em Werne, nas margens do Ruhr, aos 200 euros. Todavia continua a ser muito difícil encontrar um poluidor-pagador, segundo faz saber Volker Wiebels, porta-voz da cidade de Mülheim. Por outro lado, os caixotes do lixo com sacos para os excrementos de cães não surtiram o efeito desejado.
O número de cães não pára de aumentar na Renânia do Norte-Vestfália. Só de 2016 a 2017, o número de cães no país cresceu de um décimo para 2,2 milhões, segundo anunciou a Associação central de Especialistas em Zoologia (ZZF). A iniciativa contra os excrementos de cães estende-se a toda a Alemanha e ninguém os quer ver nos passeios e nos parques, especialmente junto aos parque infantis.
Para se ter uma ideia mais tangente à realidade germânica, basta dizer que só em Köln são apanhadas diariamente oito toneladas de excrementos de cães das suas estradas e caminhos, e estima-se que em todo o país sejam apanhadas anualmente 6 mil milhões de toneladas, sendo uma parte substancial delas proveniente de fezes abandonadas.
Perante tão grave atentado à saúde pública, as cidades aumentam as multas e esperam que elas obriguem os donos “mais descuidados” o cumprir o disposto na lei, como aconteceu na cidade de Werne cuja multa passou dos 35 para os 200 euros. 
Aguardam-se novos desenvolvimentos e outras soluções, porque também aqui o problema se agiganta, apesar das nossas multas quadruplicarem as alemães nalguns municípios. 

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