Na sua edição de ontem, a MENTAL FLOSS,
empresa norte-americana de media digital, divulgou um estudo levado a cabo por
pesquisadores da NORTHWESTERN
UNIVERSITY, universidade privada localizada em
Evanston/Illinois/USA, para avaliar com quem os seres humanos se preocupam
mais: se com as pessoas em apuros ou com os cães em idêntica situação. Este
estudo já havia sido publicado no início deste ano na revista SOCIETY & ANIMALS.
Para avaliar se as pessoas
estavam mais preocupadas com os cães do que com outros Homo Sapiens, os
pesquisadores reuniram 240 estudantes com idades compreendidas entre os 18 e os
23 anos e deram-lhes uma série de reportagens fictícias sobre um ataque sem
sentido. Em todas as histórias a vítima era atingida com um taco de baseball,
sofria uma fractura na perna, várias lacerações e tinha sido encontrada
inconsciente pelos socorristas.
Enquanto esses detalhes
permaneciam consistentes, os pesquisadores randomizaram o texto para que nele
fossem mencionadas quatro vítimas: um adulto, um bebé de um ano de idade, um
cão com 6 anos de idade e um cachorrinho. Os cientistas ao fazerem isto
suspeitavam que a idade das vítimas e não a sua espécie, ao sugerir um maior
grau de vulnerabilidade, determinaria a maior empatia dos participantes.
Valendo-se de perguntas para medir os níveis de empatia, numa escala numérica
de 7 (pouca empatia) a 112 (muita empatia), os autores do estudos questionaram
os participantes sobre como se sentiam em relação a cada uma das vítimas.
Os participantes
sentiram-se mais afectados com os ataques ao bebé, depois com os do cachorro e os
do cão. O humano adulto, apesar do seu caso ter sido considerado trágico, foi o
que alcançou menor pontuação, o que levou os pesquisadores à seguinte
conclusão: “que a idade das pessoas desperta diferentes empatias nas vítimas
humanas, mas não nas vítimas caninas”. Os participantes do sexo feminino, que
compunham quase ¾ do grupo de
estudo, mostraram maior simpatia por todas as vítimas que os seus colegas do
sexo masculino. Os autores deste estudo dizem que os resultados foram em parte
confirmados pelo desamparo percebido das vítimas, independentemente de serem
cachorros ou crianças, indiciando claramente que nos preocupamos de igual modo
com cachorros e bebés?!
Eu não sei quem está certo
ou errado e como cada vez é mais difícil fazer juízo de valores, lançamos o
tema à reflexão dos nossos leitores. Valerá um homem menos do que um cão?
Haverá quem diga que sim e também quem diga que não. Porém, duma coisa não
tenho dúvidas: vendo um homem e um cão em idêntica aflição correrei para o
primeiro sem nenhuma hesitação e espero que me façam o mesmo, apesar de não ter
muita certeza disso!
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