UMA MANHÃ A PENSAR NO COLECTIVO ESCOLAR E NO BEM-ESTAR ALHEIO

 

A sessão de treino matinal de ontem, domingo, 02 de março de 2024, “foi levada da breca” e muito bem aproveitada, apesar da chuva nos ter obrigado a recolher por duas vezes. A aula obedeceu a dois objectivos específicos: melhorar o rendimento colectivo escolar e garantir o bem-estar alheio (de pessoas e cães), estabelecendo-se para isso diversas metas através do trabalho conjunto sobre os obstáculos e da interacção de todos os cães visando uma superior sociabilização inter pares. Como se pode ver no GIF acima, os binómios presentes foram convidados para a execução lado a lado e/ou em cruzamento frontal de 3 arcos paralelos de diferentes diâmetros e elevados a diferentes alturas. Conforme a meta assim o exigia, o trabalho primou pela harmonia e boa ordem, partindo os cães ao mesmo tempo para as suas transposições conforme ilustra a foto abaixo.

Com tamanho rigor, todos acabaram por cruzar os arcos no mesmo momento, compenetrados nos seus deveres e nada interessados em escaramuças lesivas e sem préstimo. Os cães convidados para o trabalho e retratados na foto seguinte foram (da esquerda para a direita): o FSM Doc; o CPA Jay e CPA Bohr.

Como sempre acontece quando aparece (a horas raramente), o lugar de Fila-guia coube ao José Maria com o CPA negro Schwartz, um cão carenciado de carinho que reage mal a atropelos e que por vezes se comporta como alguém somente convencido pela sua sorte, que foi ontem seguido pela CPA negra Dream conduzida pela Viv.

Noutro momento do treino e no mesmo lugar do escalonamento escolar, agora com o José Maria a conduzir o CPA cinzento Jay, vemos o atraso deste cão no “junto”, que deveria evoluir com as suas patas dianteiras paralelas ao pé de projecção do seu condutor, descuido cuja responsabilidade cabe por completo a quem o conduz, que parecia evoluir debaixo de profunda introspecção ou estar a treinar para invisual (tem cão para isso!).

O atraso, desta vez do condutor em relação ao cão, aconteceu também na execução do baloiço, com o cão a alcançar o centro da prancha e o seu mestre para trás dele, o que compromete o acompanhamento e que pode pouco a pouco levar o animal ao abandono precoce do obstáculo.

Depois dos obstáculos simples que foram usados para percursos de Técnica de Condução, todos os cães foram convidados a deitarem-se alinhados e distantes entre si de 2 metros, saltando todos por cima de todos sem qualquer evidência de desconforto ou agressividade. Por precaução, todos os cães iniciaram este exercício à trela e debaixo da orientação e conselho dos seus donos, permanecendo apenas à trela os cães que ainda não conseguem andar soltos ao lado dos donos. Obedecendo ao nosso tradicional crescendo operativo, pedimos ao FSM Doc que ao invés de um saltasse dois cães, tarefa que resolveu a contento, mas com escusada desconfiança (precisa de trabalhar a sociabilização arduamente).

Conhecedor das capacidades atléticas deste Fila Miguelense e perfeitamente convencido do meu domínio sobre ele, solicitei ao seu condutor que o guiasse seguidamente a saltar 3 cães, tarefa que dono e cão venceram com aparente naturalidade.

Tanto na obediência como na Técnica de Condução, o binómio José António/Doc merece nota de destaque quando os seus constituintes se encontram perto um do outro, estando em débito igual comportamento quando distantes entre si em pormenores relativos à sociabilização.

Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Afonso/Thor; Jorge/Gaia; Jorge/Soneca; José António/Doc; José Maria/Jay; Miguel Dias/Thor; Paulo/Bohr e Viv/Kiara. Como o Cláudio teve compromissos familiares inadiáveis, o Boxer Balzac não compareceu aos trabalhos, sucedendo o mesmo ao Beagle Coco, cujos donos trabalham prioritariamente aos fins-de semana. O Plano de Aula foi zelosamente cumprido e os seus objectivos alcançados.