Em
França, no setembro de 2023, um Chihuahua morreu durante uma caminhada em
Montrond-les-Bains (Loire), em consequência de ter ido atacado por um American
Staffordshire Terrier, que se apresentava solto e sem açaime. Sabendo-se em
contravenção com a lei, o seu proprietário tentou justificar-se perante o
Tribunal de Polícia de Saint Étienne, onde compareceu no passado sábado, dia 9
de março de 2024, dizendo que o animal não conseguia fazer as suas necessidades
fisiológicas preso. Em terras gaulesas o American Staffordshire Terrier é considerado
um cão de ataque (cão de raça perigosa), classificado na categoria 2.
Uma
avaliação comportamental concluiu que há um risco menor de perigo se o animal
for mantido à trela, usar açaime e operar em área cercada. Medidas que o
proprietário admite não ter tomado por falta de meios. “Você escolheu adquirir
um cão perigoso, mas não obedeceu às regras”, disse o delegado do ministério público.
Por decisão do tribunal atrás citado, o American Staff foi confiscado ao seu
proprietário e entregue a uma organização de bem-estar animal. O seu proprietário
terá ainda de indemnizar a dona do Chihuahua, que se mostrou profundamente afectada
com a morte de seu cão: “Vi o meu cão morto na via pública. Coloquei-o num saco
de lixo para a autópsia.” O arguido foi ainda condenado a três multas de 750€
no total.
Louvo a decisão do Tribunal de Polícia de Sainte Étienne ao condenar o dono e não o cão, o que nem sempre acontece em casos destes, acabando os animais por pagar pela irresponsabilidade dos seus donos. Ao confiscar o American Staffordshire ao seu proprietário, o tribunal reconheceu que ele não era o proprietário indicado (responsável) para um cão com aquelas características – fez-se justiça!
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