Os
militares israelitas (IDF) utilizam cada vez mais robots de combate, incluindo
os chamados “robodogs”, na sua luta contra os terroristas do Hamas na Faixa de
Gaza. A plataforma de notícias britânica “inews” disso deu notícia esta semana.
Como resultado, as FDI implantam “sistemas robóticos de combate não
tripulados”, alguns dos quais equipados com inteligência artificial (IA), para
ajudar soldados e cães militares durante as operações.
As
chamadas “Unidades Vision 60”, robots ambulantes semiautónomos com forma de cão
da empresa de tecnologia norte-americana “Ghost Robotics”, são usados pelas
forças armadas israelitas, por exemplo, nos túneis para identificar armadilhas
e posições dos combatentes do Hamas. As unidades denominadas “robodogs” são
equipadas com sensores, dispositivos de gravação e sistemas que lhes permitem
operar em ambiente desconhecido.
Estes
“cães” de alta tecnologia podem percorrer uma distância de até 10 quilómetros a
uma velocidade de três metros por segundo, conseguindo controlar a sua
velocidade de caminhada e parar sem interferência humana. Pesam 51 Kg, têm uma
autonomia de 3 horas, uma capacidade de carga até 10 kg e seu tempo de montagem
e desmontagem é de 15 minutos. As IDF estão ainda a utilizar outra unidade
robótica na Faixa de Gaza – o Rooster – que foi desenvolvido pela empresa
israelita Robotican. Este “Galo” é um drone único ao qual foi integrado uma
estrutura com rodas que lhe permite percorrer uma variedade de terrenos. Quando
necessário, ele pode saltar objectos, voar através de janelas e superar
obstáculos como degraus.
“O
seu objetivo é chegar ao local antes das tropas para detectar armadilhas e
outros perigos”, disse Hagai Balshai, CEO da Robotican, ao jornal israelita
Haaretz, que ainda adiantou: “Este Robot está em uso há alguns anos, mas a sua
relevância aumentou muito devido à natureza do combate urbano e subterrâneo.” Desde
o início da invasão da Faixa de Gaza, Israel tem usado aquele território como
um “campo de testes” para armas controladas por robots e IA, para além de
outros dispositivos de combate, relata o Haaretz.
Os conflitos regionais sempre se prestaram como ensaio para novas armas e inovadores modos de fazer as guerras, sendo por norma predecessores de conflitos maiores, alguns à escala mundial, como aconteceu no passado com a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) que antecedeu a II Guerra Mundial, onde alemães e italianos treinaram para este grande conflito global, acabando por sair derrotados. Hoje, com uma nova ordem mundial à vista, sucede exactamente o mesmo nas invasões da Ucrânia e de Gaza. Oxalá nenhuma delas sirva de rastilho para um conflito à escala planetária, o que para além de ser uma chacina escusada, seria uma incomensurável vergonha para a humanidade.
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