Ontem Portugal assinou a
sua passagem às meias-finais do Campeonato Europeu de Futebol frente à Polónia
ao vencer nas grandes penalidades. Por todo o lado ergueram-se cachecóis e o
povo exultou de alegria, tanto aqui como em França, onde a comunidade emigrante
lusa ultrapassa um milhão de pessoas. Os heróis da partida foram Pepe, Renato
Sanches, Rui Patrício e Quaresma, o primeiro porque foi um imperador na defesa,
o segundo porque marcou um grande golo, o terceiro porque defendeu um penalti e
o último porque converteu aquele que nos deu a vitória, combinação vitoriosa que
junta um brasileiro naturalizado português, um africano, um estremenho e um cigano.
O célebre ginete luso é
hoje encarnado nos relvados pelo vudu de Renato Sanches, um jovem de 18 anos, de
origem e comportamento humildes, africano de etnia e oriundo do pouco afamado bairro
lisboeta da Musgueira, um verdadeiro “carregador de piano” que em campo
hipnotiza os adversários e que galvaniza os seus companheiros para a frente, emprestando-lhes
a força, a irreverência e a ousadia necessárias à vitória. Recentemente
contratado pelo gigante alemão Fußball-Club Bayern München, breve deixará os
nossos relvados e rumará a terras germânicas. Desejamos-lhe muita
sorte e que nos leve até à final do Campeonato Europeu de Futebol.
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