quarta-feira, 27 de julho de 2016

NÃO VOLTAR AOS LUGARES ONDE FOMOS FELIZES

Mais que cultuar as memórias, importa viver a vida, porque a memória é curta e a vida segue em frente. E se o destino de todos é a morte, há que aproveitar a vida, que sendo passageira deverá ser bem preenchida, não só de memórias mas essencialmente de novidades, porque só assim podemos dar combate à finidade. O passado não se altera mas o presente e o futuro podem ser melhores e diferentes. Relembrar é próprio de quem já passou e reconstruir de quem continua e não desiste. Agarra-se ao princípio quem avista o fim, quem sente que já não é capaz e conforma-se com a sua sorte, pois engalanar memórias é entregá-las à poeira do tempo e esperar que ele nos leve também. A grandeza que atribuímos aos lugares e a tantas outras coisas, outra coisa não é que a circunscrição da nossa pequenez, um dossier do nosso viver comezinho. E dito isto, vou treinar um cão, que há muito tempo está à minha espera, talvez não seja um campeão mas é mais que uma quimera, porque com ele voltarei a ser feliz, a descobri que não estou só e a alcançar novos desafios. Adestrar é acreditar, despregar-se do tempo e avançar. Até já! 

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