Mais que cultuar as
memórias, importa viver a vida, porque a memória é curta e a vida segue em
frente. E se o destino de todos é a morte, há que aproveitar a vida, que sendo passageira
deverá ser bem preenchida, não só de memórias mas essencialmente de novidades,
porque só assim podemos dar combate à finidade. O passado não se altera mas o
presente e o futuro podem ser melhores e diferentes. Relembrar é próprio de
quem já passou e reconstruir de quem continua e não desiste. Agarra-se ao
princípio quem avista o fim, quem sente que já não é capaz e conforma-se com a
sua sorte, pois engalanar memórias é entregá-las à poeira do tempo e esperar
que ele nos leve também. A grandeza que atribuímos aos lugares e a tantas
outras coisas, outra coisa não é que a circunscrição da nossa pequenez, um dossier
do nosso viver comezinho. E dito isto, vou treinar um cão, que há muito tempo
está à minha espera, talvez não seja um campeão mas é mais que uma quimera,
porque com ele voltarei a ser feliz, a descobri que não estou só e a alcançar
novos desafios. Adestrar é acreditar, despregar-se do tempo e avançar. Até já!
quarta-feira, 27 de julho de 2016
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