terça-feira, 19 de julho de 2016

A HISTÓRIA DOS DOIS ASSOBIOS

Ouvimos hoje uma história que vamos divulgar para os nossos leitores, relato que nos feito por um septuagenário, militar aposentado e que remonta aos seus tempos de adolescente: “Passei a minha adolescência com os meus pais numa quinta que garantia a nossa subsistência. Como não tinha irmãos para brincar, o meu companheiro de aventuras era o cão das ovelhas. O meu pai era uma pessoa de poucas palavras e austera, daquelas que não gostava de se repetir e muito menos de ser contrariado. Quando ele chamava por alguém não tolerava atrasos e nem eu nem o cão escapávamos à regra. Chamava-nos por diferentes assobios: um para mim e outro diverso para o cão. Sempre que o ouvia assobiar corria para ele, porque não conseguia distinguir os assobios, erro que o cão nunca cometia. Com o decorrer do tempo passei a regular-me pelo cão: se ele não se mexesse, eu ficava; se ele ficasse parado, respondia eu à chamada!”.
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