Graças a uma parceria
entre a Universidade Central de Lancashire/Preston/UK e a conhecida empresa de
alimentos para animais Wagg, foi construído o primeiro protótipo de um controlo
remoto destinado a ser usado pelos cães, que uma vez sozinhos em casa (num
período até 9 horas), poderão entreter-se a ver televisão e escolher os
programas que mais lhes agradarem! A ideia surgiu, segundo o parecer de Dan
Reeves, porta-voz dos alimentos Wagg, da necessidade de manter os animais
ocupados na ausência dos seus donos, que apesar de ausentes sempre se preocupam
com o bem-estar dos seus cães. A criação do protótipo é da autoria de Ilyena
Hirskyj-Douglas, uma especialista e investigadora em comunicação animal e em
desenho interactivo computorizado da referida Universidade. O protótipo
considerou a ausência de polegares nos cães e adaptou os botões para a
morfologia das suas patas, sendo o seu corpo azul e os botões amarelos, já que
os nossos fiéis amigos não distinguem as cores vermelho e verde. Os botões têm
o relevo necessário para serem detectados e accionados pelos cães, soltando
sons indicativos de baixa frequência quando pressionados. Ainda não se sabe
quando o controlo remoto amigo do cão passará a ser industrializado e colocado
à disposição dos interessados.
Será que os cães estarão
em breve a ver também telenovelas? O mais natural é que escolham programas com
outros cães, uma vez que se viram forçados ao isolamento e arredados do seu
grupo familiar. Mais do que criar um controlo remoto amigo dos cães, importa
não os abandonar por horas infindas, porque jamais o virtual preencherá as suas
necessidades naturais. Em Inglaterra, no Reino Unido, na Europa e noutros
lugares do mundo, pouco a pouco e sempre que possível, os cães têm acompanhado
os seus donos aos empregos, solução do agrado dos animais, o que segundo especialistas
na matéria, têm aumentado a disponibilidade e rendimento dos seus proprietários.
Não obstante, conhecendo o potencial canino e a sua versatilidade laboral,
advindos da sua extraordinária riqueza cognitiva e adaptabilidade, considerando
em simultâneo a “era dos computadores” em que vivemos, estamos certos que a
interacção canina com as novas tecnologias, ao ser um facto, irá alterar métodos
de treino, suprir lacunas, melhorar a sua prestação e contribuir decididamente
para o seu bem-estar. Já hoje, seja em que disciplina cinotécnica for, os meios
que temos ao nosso dispor têm vindo a reforçar e a melhorar a complementaridade
canina, quando adaptados para a sua realidade biológica.
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