Ser carteiro em Inglaterra
e no Reino Unido é uma profissão de alto risco, que o diga o homem da foto
acima, o Sr. Jason Lee, que foi atacado recentemente por um Bull Mastiff em
Meltham/West Yorkshire/England, sofrendo graves ferimentos, facto que levou o
Royal Mail a suspender por algum tempo a entrega de correio naquela área. Os
carteiros ingleses são por norma amigáveis com os cães, sendo advertidos a
cautelar-se e a respeitá-los, o que não tem surtido o efeito desejado, porque
os animais consideram-nos como intrusos no seu território, carregando sobre os
homens e mulheres que exercem aquela profissão.
Os números dos ataques são
alarmantes, só no último ano em Huddersfield (11ª maior cidade do Reino Unido,
situada entre Leeds e Manchester), 16 carteiros foram atacados. No Reino Unido
são relatados diariamente 7 ataques caninos sobre carteiros, menos 10% que o
verificado no ano anterior! A maior incidência dos ataques acontece no Verão, ¼
dos proprietários caninos deixa o seu cão solto em casa com a porta da frente
aberta e mais de 1/3 dos acidentes ocorrem compreensivelmente junto à entrada
das habitações. Será que querem aproveitar-se dos carteiros como cobaias? Não
seria a primeira vez que isso aconteceria no mundo!
Dave Joyce, do Sindicato
dos Trabalhadores da Comunicação, considera inaceitável que ocorram anualmente mais de 2.600 ataques caninos sobre trabalhadores dos correios,
adiantando ainda que a maioria dos proprietários caninos não são problemáticos,
somente aqueles que são imprudentes e irresponsáveis. Serão só isso ou
esconderão as suas intenções por detrás das acções dos animais? Dá para
suspeitar! Novas leis ali em vigor penalizam duramente os donos de cães
cronicamente irresponsáveis, como sucedeu recentemente a um deles, que se viu
obrigado ao pagamento de uma multa de 8.800 libras em virtude do seu cão ter
atacado um carteiro, quando este punha uma carta na caixa do correio da sua
residência. As áreas postais com maior número de ataques caninos no Reino Unido
são: Nottingham, Peterborough, Irlanda do Norte, Tonbridge, Reading, Leeds,
Sheffield (onde está a Joana) e Plymouth. A vida não está fácil para os
carteiros nas Ilhas Britânicas. Alguém me disse que a Grã-Bretanha era um
exemplo de civismo e cidadania ou estarei enganado? Oxalá nenhum emigrante
português decida concorrer aos correios britânicos, pois se o fizer é melhor
que vá ataviado de manga ou fato de ataque, dando atenção ao que sempre ouviu
na santa terrinha: “quem vai para o mar, avia-se em terra!”
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