sexta-feira, 15 de julho de 2016

ALLÔ, ALLÔ? DAQUI COSTA, DA COSTA DO BIDONVILLE!

Não somos adeptos de teorias da conspiração mas que há conspirações, há! Portugal parece ser vítima duma movida pela União Europeia, que a mando não se sabe bem de quem, provavelmente de alguns magnatas encobertos que o nativo assimilado Durão Barroso bem conhece, quer castigar-nos agora com sanções económicas, não lhe bastando o facto de pôr e dispor aqui conforme lhe apetece. Membros periféricos de uma União que são obrigados a suportar por falta doutras opções, os portugueses atravessam uma grave crise económica idêntica à passada pelos seus conterrâneos emigrantes em Champigny, favela mundialmente conhecida por Bidonville, que durou 40 anos e que acabou por pressão de Jacques Chaban-Delmas, na altura 1º Ministro de França.
Como resultado da escravatura económica que nos é imposta, os portugueses são os europeus que mais tomam ansiolíticos e antidepressivos, têm uma taxa de desemprego elevada, têm dificuldade em criar os seus filhos, cada vez se suicidam mais, importam mais do que exportam, vêem aumentar o número de pessoas no limiar da pobreza, são euro-dependentes e estendem a mão à caridade a quem pouco ou nada quer saber deles (por muito menos tornou-se Portugal independente de Castela). Cresce o número de mães que se suicidam junto com os seus filhos, desespero que lembra o ocorrido no reinado de D. Manuel I, quando as mães judias, resistindo ao baptismo que lhes era imposto, se jogavam dos prédios abaixo com os seus filhos ao colo, preferindo a morte que tal sorte. À perca da nossa soberania sucede a morte lenta e dolorosa de Portugal e dos portugueses, que comem o que lhes põem no prato e pagam em dobro.
Há muito que sabemos ser o “jeitinho brasileiro” filho legítimo e cara chapada do “desenrasque português”, por isso não estranhamos a geminada corrupção luso-brasileira, para já não se falar na luso-angolana, porque os bandidos e os salafrários não têm terra, tornando sua aquela onde mais facilmente engordam e onde as suas manigâncias são melhor sucedidas. Antes de bater o pé à Comunidade Europeia, Portugal tem que arrumar a casa, “pegar o boi pelos cornos” e extirpar do seu seio, de uma vez por todas, a corrupção e os seus mentores, perpetrada escandalosamente por políticos, banqueiros e gestores públicos, causa primeira da nossa desgraça, que deveriam ser presos e deportados para longe da nossa costa, depois de virados dos pés para a cabeça, para que nada levem nos bolsos e deixem aqui tudo o que nos roubaram (por certo desenrascar-se-ão noutras paragens). E ao fazer isto, mais uma vez, estaremos a dar ao mundo novos mundos que tanto precisa deles!
Precisaremos de maior desgraça para nos unirmos e insurgirmos contra esta corja ou continuaremos como até aqui, dominados pela inércia que incapacita a nossa afirmação como contrapoder às instituições que nos chacinam? Terá que ser a nossa sociedade civil a fazê-lo, pois os militares há muito que se deixaram endrominar e mal seria se tivéssemos de nos matar uns aos outros para que finalmente a justiça reinasse nesta Terra que é nossa Mãe. Para isso precisamos de uma verdadeira política de cidadania, do envolvimento de todos e não dos actuais partidos políticos tutelados, classe à parte, distante das nossas dificuldades e de nefasto préstimo, que ao invés de nos protegerem mais nos expõem. E neles não há excepção, porque uns comem e os outros aproveitam-se! Há que começar tudo de novo e deitar no lixo tudo o que não presta. Eu, você e todos, precisamos e desejamos um Portugal Novo, de o libertar de quem o pôs de pernas para o ar.
Para alcançarmos Portugal para os portugueses não podemos incorrer em vícios antigos, aninharmo-nos debaixo dum ignoto mecenas (que tão bom resultado tem dado, cite-se o exemplo UE), esperar um milagre ou apostar no messianismo, porque só precisa dum mecenas quem não consegue sobreviver por si próprio, só espera milagres quem reconhece a sua impotência e só deseja um iluminado quem não distingue a noite do dia e não consegue alterar o seu destino. O fado canta-se à noite, o dia fazemo-lo nós, é chegado o tempo de acordar! Só a unidade de todos portugueses conseguirá fazê-lo, porque sendo poucos, unidos valemos muito mais e só assim seremos capazes de devolver a Portugal o seu e nosso esplendor.
Devemos proceder a contestação das instituições que nos governam (desgovernam), exigir que seja feita justiça, pôr em dúvida tudo o que nos é apresentado e proceder à eleição de listas de cidadãos independentes para nos representarem, tanto nas autarquias como no governo, livres da choça de quem nos governa e representa, apostados num país livre, próspero e soberano. Hoje mais do que nunca, e já tarda, todos somos convocados para tomar as rédeas do nosso destino, esta é a hora de todos nos fazermos ouvir.
Pode parecer estranho num blogue dedicado ao ensino de cães abordarmos este assunto, mas talvez por ensiná-los, saibamos por experiência própria quando e porque nos mordem e quais as suas intenções. Sabemos também que eles mordem mais depressa a quem os teme do que a quem os não teme – é tempo de perder o medo! Com o “não” garantido, vamos à procura do “sim”, dizendo não para quem nos enterra vivos e sim para um Portugal mais justo, fraterno e dono do seu destino, com os portugueses ao leme a lançar borda fora os traidores da nossa pátria e algozes dos nossos filhos. Viva Portugal!
PS: Mais do que de afectos, precisamos de livrar-nos das graves afecções que nos molestam (não andamos à procura de medalhas e não nos agradam os beijoqueiros) 

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