segunda-feira, 25 de julho de 2016

A FATWA DE MANCHESTER

Assim como não há dúvidas que os ingleses são chauvinistas e conservadores, também há que reconhecer-lhes razões para o serem, particularmente agora quando atentam contra o seu histórico modo de vida (a Inglaterra é o País que mantém a mais antiga democracia do Mundo). Nos agregados populacionais de Cheetham Hill e Salford, em Manchester/UK, lugares onde existe uma grande comunidade muçulmana, um pretenso grupo islâmico denominado “For Public Purity” (Para a Pureza Pública), anónimo e de manifestas intenções sectárias, levou a cabo uma distribuição de folhetos (exemplar na foto abaixo) onde pede aos cidadãos não-muçulmanos que limitem a presença de cães na via pública, para que os seguidores do Islão ali residentes possam manter-se imaculados e sem defeito à luz da sua fé, que considera estes animais impuros e passíveis de transmitir impureza a quem com eles coabita.
Esta petição lembra em tudo as “Fatwas” (decretos islâmicos) postos em prática em vários países muçulmanos, como já aconteceu na Arábia Saudita e no Irão, onde ter um cão pode dar direito a apanhar 74 chibatadas. Escusado será dizer que a restante população, com razão, desaprovou tamanho descaramento e afronta. Resta saber a procedência e identidade dos autores dos folhetos: se oriunda de muçulmanos observantes, se dum grupo xenófobo inglês que, ao fazer-se passar-se por eles e desejando extraí-los dali, procura antagonizá-los com os restantes cidadãos. Qualquer das hipóteses é possível atendendo ao actual momento de crispação que ali se vive e que inflama toda a Europa. Seja qual for o caso, os cães são um mero pretexto ainda que um rastilho muito seguro.   

Sem comentários:

Enviar um comentário