Assim como não há dúvidas
que os ingleses são chauvinistas e conservadores, também há que reconhecer-lhes
razões para o serem, particularmente agora quando atentam contra o seu histórico
modo de vida (a Inglaterra é o País que mantém a mais antiga democracia do
Mundo). Nos agregados populacionais de Cheetham Hill e Salford, em
Manchester/UK, lugares onde existe uma grande comunidade muçulmana, um pretenso
grupo islâmico denominado “For Public Purity” (Para a Pureza Pública), anónimo
e de manifestas intenções sectárias, levou a cabo uma distribuição de folhetos
(exemplar na foto abaixo) onde pede aos cidadãos não-muçulmanos que limitem a
presença de cães na via pública, para que os seguidores do Islão ali residentes
possam manter-se imaculados e sem defeito à luz da sua fé, que considera estes
animais impuros e passíveis de transmitir impureza a quem com eles coabita.
Esta petição lembra em
tudo as “Fatwas” (decretos islâmicos) postos em prática em vários países
muçulmanos, como já aconteceu na Arábia Saudita e no Irão, onde ter um cão pode
dar direito a apanhar 74 chibatadas. Escusado será dizer que a restante
população, com razão, desaprovou tamanho descaramento e afronta. Resta saber a
procedência e identidade dos autores dos folhetos: se oriunda de muçulmanos
observantes, se dum grupo xenófobo inglês que, ao fazer-se passar-se por eles e
desejando extraí-los dali, procura antagonizá-los com os restantes cidadãos.
Qualquer das hipóteses é possível atendendo ao actual momento de crispação que
ali se vive e que inflama toda a Europa. Seja qual for o caso, os cães são um
mero pretexto ainda que um rastilho muito seguro.
Sem comentários:
Enviar um comentário