Não vamos falar dos cães
duns e doutros, muito menos sobre o Sabujo Bósnio e dos milhares de cães de rua
presentes em Sarajevo, assuntos que oportunamente trataremos, mas do aumento considerável
de leitores destes dois países, ainda que o número dos mexicanos seja maior. Do
México e de alguns pormenores relativos à sua história e canicultura já
tratámos e da Bósnia nem isso, país multi-étnico cuja Constituição prevê a
liberdade religiosa, sendo os bósnios maioritariamente muçulmanos, os servo-bósnios
ortodoxos e os croatas bósnios católicos. Na foto abaixo, relativa à Cidade de Bosanska
Krupa, situada na parte noroeste da Bósnia e Herzegovina, podemos aquilatar desta
diversidade de confissões, vendo-se à esquerda uma igreja católica, ao centro o minarete duma mesquita e do lado direito uma igreja ortodoxa.
Desejamos paz a todos os
bósnios e que os velhos ódios desapareçam e não se reacendam, que não se sirvam
das diferentes religiões como pretexto para conflitos étnicos sangrentos como
os ocorridos durante a Guerra de 1992-1995, onde foram perpetrados verdadeiros
genocídios, gerando em simultâneo grande migração interna e grande número de
refugiados, guerra que levou à intervenção das Nações Unidas e da Nato para pôr
cobro àquele conflito, deslocando-se nesse âmbito e para aquele território um
contingente de mil militares portugueses (1996). Oportunamente
debruçar-nos-emos sobre o Sabujo Bósnio, ancestral do nosso Cão de Água e de
características muito semelhantes, tanto físicas como comportamentais.
Desejamos ardentemente que mais bósnios nos visitem, porque falar de cães é
falar de paz, dos sentimentos e emoções comuns a todos os homens, independentemente
dos seus credos, culturas e outras diferenças. Dobrodošli (sejam bem-vindos).
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