Há
povos em Portugal pelos quais nutro pouca simpatia, outros com quem me
identifico e outros ainda que admiro. Encantam-me os minhotos pela sua
etnografia e alegria, os alentejanos por culpa do “cante” e os ribatejanos pela
sua valentia. Raro é encontrar um ribatejano cobarde e que não se orgulhe de
ser quem é. Ontem, sábado, 24 de fevereiro de 2024, fomos visitados durante o
treino matinal por uma jovem ribatejana de Salvaterra de Magos, que ao ser
chamada para colaborar connosco, irradiou classe, garbo e valentia, uma
verdadeira ventania de ousadia que não deixou ninguém indiferente. Na foto
acima vemo-la a proceder a uma imobilização defensiva perante o CPA Bohr e na
seguinte a fazer de túnel para o FSM Doc.
Foi
convidada para conduzir o Beagle Coco e este encantou-se por ela como se fossem
amigos de longa data, evoluindo ambos pela pista com serenidade e confiança,
alinhados como convém e debaixo de uma postura correcta, o que não deixa de ser
razão de espanto, porque a jovem nunca teve um cão e nunca conduziu nenhum.
Convidada
para executar o baloiço com o pequeno Beagle, prestou atenção aos ensinamentos
e executou o obstáculo irrepreensivelmente, equilibrando o animal na prancha e
evitando que sofresse um inusitado impacto ao solo.
Confiante
em si própria sem fazer alarde, apostada em ser bem-sucedida e ávida de novas
experiências, acabou por pegar na manga e enfrentar o CPA Bohr, cão já muito
traquejado nestas acções protocolares. Conforme lhe foi dito para fazer, assim
procedeu a jovem cujo nome não gravei, mas que me surpreendeu positivamente
pela sua abnegação, qualidade pouco visível nos actuais jovens que oscilam
entre uma escassa minoria que pratica desportos radicais e uma maioria anafada que
não se mexe para coisa nenhuma.
Confiante
na valentia e sangue frio desta jovem ribatejana, sem contudo desleixar os
inerentes protocolos de segurança, convidei-a para receber um ataque lançado e
a sua prestação foi aquela que se encontra patenteada no GIF seguinte.
Ontem o Ribatejo visitou-nos através de uma das suas filhas e tão depressa não nos esqueceremos que esteve entre nós, porque foi uma lufada de ar fresco vinda das Lezírias – uma verdadeira ventania de Salvaterra!
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