domingo, 25 de fevereiro de 2024

UMA PEQUENA AJUDA PARA OS CÃES PEQUENOS E PARA OS QUE FAZEM A ABORDAGEM AOS OBSTÁCULOS TÁCTICOS COM O NARIZ

 

É sabido que a maior fatia da resistência aos obstáculos tácticos pelos cães fica a dever-se ao facto de não verem a sua saída, resistindo assim a saltar para o desconhecido, problema que pode ser rapidamente resolvido se pusermos os animais empoleirados sobre as linhas de transposição, de modo a verem o que está para além dos obstáculos a transpor. Procederemos da mesma maneira e com maior necessidade com os cães que abordam os obstáculos ao nariz e não à vista, como sucede com a maioria dos cães de caça. Contudo, tal é impossível com cães pequenos a quem pretendemos aumentar competências, porque não têm altura para chegar às linhas de transposição e não é prático pegar-lhes ao colo. Nestes casos há que estender-lhes uma rampa, a colocar antes dos obstáculos para que possam ver a sua saída. Ontem, sábado 24 de fevereiro de 2024, através desta estratégia, ensinámos o Beagle Coco, de 37 cm de altura, a saltar um arco elevado a 60cm do solo conforme atestam as fotos acima e abaixo.

Resolvido o problema dos cães, há que transmitir os requisitos técnicos aos condutores e corrigir-lhes os erros que obstam ao bom desempenho dos cães. Na foto seguinte, com o Beagle já a saltar sem a ajuda da rampa, vemos a condutora a incorrer num erro bastante comum, o de levantar o cão na vertical ao invés de meter o braço esquerdo dentro do arco ao lado da cabeça do animal, despropósito que obstará à sua transposição convexa e segura.

Na foto seguinte, inadvertidamente, a condutora encontra-se atrasada na prestação da ajuda em relação avanço do cão, que não tendo outra alternativa, se vê obrigado a empoleirar-se no arco. Naquele momento da transposição, a condutora já deveria estar para a frente do arco e com a trela já passada para a mão direita.

A foto abaixo testemunha outro atraso da condutora, que já deveria ter a trela na mão direita e encontrar-se na frente do arco. Como não foi lesta o suficiente, está a esganar o animal na saída do obstáculo. Estas impropriedades, que importa corrigir e ultrapassar, dão razão a um chavão já gasto entre nós que diz ser mais difícil ensinar os donos do que os cães!

Gente mais atenta ou mais crítica questionará quais as razões que nos levam a pedir tal esforço a cães tão pequenos? A resposta parece-nos óbvia e prende-se com a prestação de socorro aos donos e a terceiros: treinamos os cães pequenos assim para utilizá-los onde os outros cães não cabem e onde os homens não conseguem chegar! Quanto ao Coco e ao arco, o Beagle já o ultrapassa de modo cómodo e seguro, tudo graças a uma pequena rampa, faltando apenas habilitar tecnicamente a sua dona. Sem outra opção, este valoroso Beagle terá que ficar à espera da melhoria técnica da sua condutora.

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