No
cantão suíço de Graubünden, no passado sábado, dia 10 de fevereiro de 2024, durante
a noite, uma senhora que passeava o seu Weimaraner de 10 meses de idade, ouve
um tiro vindo do nada e vê o seu cão cair na sua frente. Consternada, informou imediatamente
a polícia, que rapidamente encontrou o atirador, um homem de 79 anos que
admitiu ter disparado, não querer atirar no cão e que muito lamentava o
ocorrido. “Vi uma raposa passar furtivamente pela minha casa várias vezes nas
noites anteriores.” Como os movimentos do cão eram semelhantes aos da raposa,
ele presumiu tratar-se dela. O quase octogenário conseguiu ver o formato do
animal, mas não a dona e a trela. Ainda perplexo quanto ao sucedido, o
ex-caçador disse: “Já matei mais de 20 raposas na minha vida, de maneira
nenhuma queria atirar num cão.” Ainda não se sabe que consequências sofrerá
pelo disparo acidental, estando neste momento a polícia, o Ministério Público e
o Wildhut a desenvolver as suas investigações.
Já por várias vezes tenho chamado à atenção dos donos dos cães que os passeiam à noite por lugares recônditos e pouco movimentados, capazes de pôr em risco as suas vidas e as dos animais que os acompanham. Hoje sair à noite ou fora de horas já não é tão seguro como já foi, uma pessoa com um cão inofensivo não intimida ninguém e, caso seja descuidada, tanto pode ser assaltada como violada e até morta. A possibilidade, que não é remota, de um cão ser alvejado a tiro, será maior na época da caça e em áreas rurais mais afastadas, particularmente junto a explorações pecuárias onde já foram avistados lobos, cães vadios esfaimados e raposas. Nas nossas cidades, a acontecer o abate de cães a tiro, este resultará do medo pelos animais ou por manifesta maldade. Tanto num caso como noutro, haverá maior probabilidade de acontecer durante a noite, pelo que não se exponha gratuitamente - use de todas as cautelas.
Sem comentários:
Enviar um comentário