Um
veterano da província canadiana de Saskatchewan apresentou uma queixa à
Comissão de Direitos Humanos de Saskatchewan (SHRC) depois de alegar que o seu
cão de serviço foi rejeitado no santuário de uma igreja de Regina. Dan Baker,
assim se chama ele, foi diagnosticado com Transtorno de Stresse Pós-Traumático
(TEPT) e ansiedade depois de ter passado mais de uma década a servir no
exército. Ele e a sua esposa encontraram seu cão Loki num abrigo de resgate e treinaram-no
como cão de serviço, completando o seu treino em fevereiro de 2022. “Se o Loki
sente que estou ansioso, ele tenta bloquear-me ou tirar-me de uma situação”,
explicou Baker. “Ou vai colocar a sua cabeça no meu colo.” Após Baker ter sofrido
um ataque cardíaco no ano passado, o Loki foi também foi treinado para avisar
outras pessoas caso o seu dono caísse. “Normalmente, ele lambe-me o rosto para
verificar se estou bem”, disse o dono do cão. Baker e a sua esposa frequentam a
ROC Church International em Regina há cerca de cinco anos. No verão de 2023,
Baker caiu quando participava num culto dominical e o “Loki fez o que foi
treinado para fazer”, lembrou Baker. “Ele veio e lambeu-me o rosto, mas como eu
não me levantava, ele deu um latido.” Quando Baker e sua esposa voltaram ao
serviço algumas semanas depois, alguém da igreja lhes disse que Loki não tinha
permissão para entrar porque “ele perturba o Espírito Santo!”
Baker
acrescentou que aquela experiência também afectou Loki. “Desde aquele dia, sou
eu quem o conforta”, disse ele. “Agora eu tenho um cachorro com PTSD.” Baker
sente que ele e seu cão de serviço foram discriminados e apresentou uma queixa
à Comissão de Direitos Humanos de Saskatchewan. Num e-mail para a CTV News, a
comissão disse que não discute nem divulga os detalhes das reclamações por
“razões de privacidade”. “Em muitos casos, estas negociações proporcionam um
método mais rápido e cooperativo de resolução de reclamações. Se o assunto não
puder ser resolvido, a Comissão investigará o assunto”, dizia o e-mail. O
Comissário Chefe poderia mediar ou encerrar o caso, enviá-lo para audiência ou
tratá-lo de outra forma. O caso também poderia ser adiado para um processo
alternativo mais apropriado para resolver a questão. A ROC Church International
não respondeu às reclamações de Baker, que espera que a sua experiência possa
ser positiva para outras pessoas com cães de serviço, como o Loki. “A educação
é o número um”, disse ele. “Os cães de serviço são uma ajuda médica, assim como
as muletas ou as cadeiras de rodas”, continuou.
Como se pode ver pela notícia estamos diante de uma história caricata e até hilariante, por demais emocional e reflexo de alguma ignorância, tanto científica quanto teológica, própria de uma visão carismática que põe o ladrar de um cão a rivalizar com o Espírito Santo! O veterano Dan Baker (que suspeito chamar-se Daniel), por sua vez, encontra-se psicologicamente afectado, o que obriga ao pesar das suas afirmações, pelo que o caso não tem pernas para andar. Tanto nos Estados Unidos como no Canadá, por vezes até em alguns países da Europa, subsiste uma certa resistência à aceitação dos cães de serviço, nomeadamente aos cães de apoio emocional, que carecem muitas vezes de certificação oficial ou de um órgão certificador reconhecido, como acontece com os cães-guia para invisuais.
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