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cada dia que passa somam-se mais ataques caninos em território norte-americano,
sendo alguns deles responsáveis por incapacidades permanentes e mortes. Um dos
últimos aconteceu na passada quinta-feira, dia 08 de fevereiro de 2024, na
cidade de Saint Paul, no Condado de Ramsey, estado do Minnesota, onde uma
menina de 7 anos foi atacada por uma matilha de cães a partir de uma paragem de
autocarro, quando passeava com a sua mãe, que ainda conseguiu afastar um dos
cães. De acordo com a família da menina, ela foi mordida na nuca e teve pedaços
do nariz, orelha e coxas arrancados. Depois de tratada, regressou a casa no dia
seguinte, sexta-feira, sendo obrigada a tomar analgésicos fortes. A polícia de
St. Paul afirma que está a investigar um possível suspeito, mas ainda nenhuma
acusação foi feita. A família da menina diz que está a arrecadar dinheiro para
pagar uma cirurgia plástica e, com sorte, minimizar as cicatrizes, família que
veio para os Estados Unidos no passado outono para fazer uma cirurgia cardíaca à
irmã da menina agredida e que quer agora garantir que aqueles cães não magoem
mais ninguém. “Ela (a menina) não sabe se pode viver aqui com aqueles cães lá
fora”, explicou Abdi Ahmed, seu irmão. “Queremos que esses cães sejam
capturados porque não nos sentimos seguros para ir à escola”. Na noite da
passada sexta-feira, os cinco cães foram entregues ao St. Paul Animal Control e
o proprietário diz-se que está a colaborar com as autoridades.
Os norte-americanos, sob pena de terem mais gente incapacitada e de proceder a mais funerais, terão que rever a sua legislação relativa aos cães, por mais que lhes custe e isso desagrade aos políticos, que se afastam de medidas antipopulares com medo da perca de votos. Penso eu, por aquilo que tenho lido e tendo como base a experiência europeia, atendendo também aos diferentes tipos de cães dos norte-americanos, que nos espaços públicos todos deveriam circular atrelados, sendo os donos prevaricadores seriamente penalizados. Na realidade multi-étnica presente nas cidades americanas, cães soltos e crianças dificilmente combinarão, como não combinarão em metrópoles com profundas assimetrias sociais, o que leva uns a comprar cães-fera e outros involuntariamente a constituir-se em alvos. A pobreza parece não ter solução, mas proteger a vida humana é uma obrigação de todos para todos!
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