terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

COMPANHEIRO, FILA-GUIA E MÃE GALINHA

 

Nascido em Cachoeiras, freguesia portuguesa do município de Vila Franca de Xira, o CPA lobeiro Bohr tem desempenhado ao longo da sua existência o lugar e o cargo de Fila-Guia desta escola, sendo por isso uma das nossas imagens de marca há muito reconhecida. Já não sei ao certo quantos cães induziu ao trabalho com o seu exemplo, quantos enfileirou com a sua presença. Hoje, incumbido dessa missão serviu de guia ao Beagle Coco, tanto na obediência linear como na dinâmica.

Todos sabemos que os cães aprendem pelo exemplo e que aprendem uns com os outros. No início do treino, quando importa que os cães recém-chegados aprendam o “quieto”, é comum valer-nos do Bhor e da sua companhia para serenar e apaziguar os nervos dos mais novos, conforme atesta a foto seguinte, tirada hoje na instrução matinal, dedicada quase exclusivamente ao Coco.

Portador de uma sociabilização louvável, que o exalta acima dos seus companheiros de classe, este lobeiro mostra-se uma mãe galinha para os cães que vão chegando, aceita-os prontamente e sem dificuldade estabelece com eles parceria. E, como se isso não bastasse, diariamente interage com pessoas estranhas na cidade, constituindo-se em obstáculo escolar quando é preciso, tudo isto sem desleixar a protecção do dono e dos seus haveres.

Já jubilado, sempre acaba por dar “um ar da sua graça”, surpreendendo quem não espera as suas façanhas. O que agora lhe pedimos nas diferentes disciplinas cinotécnicas visa “apenas” o seu bem-estar, alegria de viver e longevidade, apesar de se encontrar em excelentes condições sensoriais e mecânicas.

Na hora da ginástica e sempre que possível, escolhemos para ele obstáculos naturais ao seu alcance e de simples transposição, para que o contacto com a natureza lhe sirva também de motivação. Por norma exercitamo-lo à parte na ginástica, porque é competitivo e não queremos que se esforce demais.

No GIF seguinte vemos este CPA de pêlo comprido a ultrapassar uma vertical crua com 1m de altura com relativa facilidade, comandado à distância pelo seu dono (que nunca teve pernas para ele), debaixo de chuva e de uma neblina quente (já ninguém entende nada do tempo).

Quando temos um cão que junta o útil ao agradável, como é o caso do Bohr, conduzi-lo é um prazer e estar com ele uma alegria! Que tenha longa vida, é isso que lhe desejamos e nisso continuamos empenhados.

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