domingo, 18 de fevereiro de 2024

LAMPEJOS DE ALEGRIA EM RAIOS DE SOL

 

Antes que alguma alma menos iluminada se lembre de dizer que agora é moda na Acendura pôr os condutores às cavalitas uns dos outros, passo a explicar o porquê da brincadeira que tem mais de sério do que à partida se imagina. Esta “brincadeira” das cavalitas, desenvolvida debaixo de raios solares benfazejos, é a primeira fase e a mais divertida do transporte de feridos com os cães ao lado, quer os seus donos carreguem feridos ou sejam eles os sinistrados. Todos sabemos que por vezes se torna impossível ou quase impossível valer a um dono ferido com seu cão ao lado, porque o animal ao protegê-lo, impede o seu auxílio. Por outro lado, alguns cães de segurança mal preparados poderão tomar por intrusos aqueles que os seus donos carregarem aos ombros e acabar por atacá-los, incidentes que de bom grado dispensamos e que atentam simultaneamente contra a nossa filosofia de vida e propósito operacional. Na foto acima vemos o José Maria a carregar a Svetlana com o cão desta a fazer o “à frente” e o carregador a temer pelos fundilhos das suas calças. Na foto seguinte vemos a Joana, condutora do Beagle Coco a ser suportada pelo seu companheiro, não tanto pela perigosidade do animal, mas apenas para que não estranhe a novidade da situação.

Pelo esforço manifesto na foto, o José Maria parece mais vocacionado para chamar o 112 do que para carregar gente em apuros e carenciada de socorro imediato. Contrastando com a sua aflição, a Svetlana exala boa-disposição e alegria.

Para que o Miguel Dias não passasse rapidamente de socorrista a socorrido, coube-lhe transportar a pequena Viv que temia andar às cavalitas, porque da última vez que o fez acabou por cair. Incentivada pelo Adestrador, lá se dispôs a “cavalgar”. Como não tinha mais por onde se agarrar, acabou por agarrar-se às bochechas do Miguel.

Com as pernas a acusar o peso da cavaleira e esta sem ter como esporear o “animal”, a tarefa esteve tremida e sujeita a acabar antes do seu final. Há que agradecer a disponibilidade do José Maria e aconselhar-lhe que passe a andar diariamente uma légua com os seus cães.

Para a próxima vez que retomarmos este trabalho, os “sinistrados” serão amparados e andarão pelo seu próprio pé ou serão carregados aos ombros, tendo o cuidado de vocalizar as suas dores. O ambiente descontraído desta primeira fase foi o segredo para o seu sucesso. Resta-me agradecer a participação de todos.

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