Um
dia conheci um camarada simpático, professor de biologia no secundário, cuja
especialidade entre outras tantas era ser etólogo. Formado e ligado a uma
universidade estrangeira, passava os seus dias de robe posto, fechado em casa
(por sinal magnífica) a estudar a evolução do osso da cloaca da rã,
investigação e interesse que ao ser do conhecimento geral, era visto como um
cientista louco ou como alguém que “não jogava com o baralho todo”, ainda mais
porque era muito alto (julgavam-no estrangeiro), andava invariavelmente com a
barba por fazer e com o cabelo desgrenhado, parecido com o do Boris Johnson, 1º
ministro do Reino Unido. Ao levar o seu trabalho tão a sério e ao deixar de
dialogar com a esposa, quase não deu pela saída desta e também não estranhou
ficar sozinho. O Davide é também um investigador, mas não vai poder ficar de
robe em casa por tempo indeterminado, porque o seu Doberman – o Loki – reclama por companhia, adora
interagir e partir à aventura, o que faz dele o melhor dos companheiros para o
seu dono, uma vez que a actividade física suporta e deve contrabalançar a
intelectual, tendo em vista o bem-estar de cada um. Na foto acima e no GIF
seguinte vemos os dois a saltar uma vala, onde o desempenho do Doberman é
extraordinário, tão extraordinário que acaba por rebocar o dono.
O Davide é novato nestas lides do adestramento e tudo para ele é uma novidade, o que não tem impedido o seu progresso e avanço, intimamente ligados à sua assiduidade, interesse e esforço. Mas tal não seria possível sem a extraordinária disponibilidade e vontade do Loki, um Doberman digno desse nome, daqueles que há muito não víamos e dos quais tínhamos saudade – forte, ousado e valente – dos que tende a levar tudo à frente - se necessário. Têm tudo para serem felizes um com o outro e nós estamos cá para os ajudar.
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