domingo, 27 de março de 2022

À CONQUISTA DO CASTELO E NA DEFESA DO CAPACETE

 

No dia primaveril com que fomos obsequiados ontem optámos por trabalhar sobre umas velhas e gastam muralhas para acostumar os cães aos mais variados cenários, para que nada estranhem e em tudo sejam vencedores. No GIF acima vemos o grupo escolar a fazer “À frente” numa escadaria como se exige e no seguinte a descê-la em “Atrás” com convém à segurança dos seus líderes.

Dos vários obstáculos que encontrámos pela frente, destacaram-se vários muros de pedra, barreiras que foram transpostas pelos nossos cães. Na foto abaixo vemos a CPA Luna a ultrapassar um deles.

Depois de “conquistarmos” o castelo, saímos dele e demos continuidade à transposição de muros de alvenaria num plano inferior. Na foto seguinte podemos observar o desempenho do CPA cinzento Jay sobre um deles.

No mesmo muro podemos também ver a cachorra CPA negra Gaia, mas mais importante do que o desempenho da lupina é a extraordinária indicação de salto operada pelo seu condutor, que de tão pronunciada que foi, exalou o ânimo que faz a diferença no desempenho dos cães.

O cão na foto que se segue é o CPA preto-afogueado Bock, surpreendido quando saltava um muro misto. Depois de um par de meses entre nós, este cão diminuiu significativamente a sua divergência de mãos, levantou a espádua, abraçou a marcha (inclusive a suspensa), ganhou força, viu aumentada a sua envergadura, alcançou maior alegria de vida e uma disponibilidade notável.

Para culminar o trabalho sobre os muros, convidámos 3 Pastores Alemães para saltar o muro de 2 metros em simultâneo, querendo com isso ajudar, pelo exemplo dos mais velhos, a cachorra CPA negra no exercício (Gaia, a primeira do lado direito).

Numa caixa de reparações automóveis executámos várias chamadas em simultâneo e em diferentes direcções para fidelizar os cães aos seus condutores e torná-los indiferentes às chamadas alheias. Fizemo-lo primeiro com 3 cães conforme atesta o GIF seguinte.

Após isto, optámos por aumentar o número de cães para 4. O que torna o exercício mais espectacular é a saída ao mesmo tempo de todos os cães, sincronia que não correu também como a que lhe antecedeu. De qualquer modo, nenhum cão correu para um dono alheio ou obedeceu a outro.

Com uns motociclistas por perto, pedimos a um que se pusesse na sua moto e que permitisse que um cão saltasse sobre ele. O homem balbuciou qualquer coisa como “ai minha rica motinha” e com algum receio acedeu ao nosso pedido. O cão escolhido para o efeito foi uma cadela, a CPA Luna, muito embora o CPA Bohr tenha executado a mesma ordem. Também por causa do trabalho continuado sobre motos e bicicletas não há memória de cães da Acendura Brava a correr atrás destes veículos.

Depois, com a prestimosa colaboração do Jorge Guerreiro (homem acostumado a estas perigosas andanças), procedemos à guarda do capacete do motociclista que connosco colaborou, no intuito de preparar os cães para guardar aquilo que lhe for ordenado e como forma de agradecimento para o generoso motociclista. O primeiro cão a ser convidado para o efeito foi o CPA Lobeiro Bohr, que ainda “cheirou” o pescoço do pretenso ladrão.

Também a CPA preto-afogueada Luna foi convidada para a guarda do mesmo objecto, arrancando decidida e célere para cima daquele ladrão ocasional, mimoseando-o com um “beijinho” na parte superior da sua coxa esquerda, o que é quase imperceptível devido à velocidade imprimida pelo animal.

Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Clarinda/Keila; Jorge/Gaia; José Maria/Jay; José Maria/Rocky; Lucas/Bock; Paulo/Bohr e Pedro Rodrigues/Luna. A reportagem fotográfica coube ao Paulo Jorge, no que foi ajudado pela Silvana. A Inês e o Carlos Silva não compareceram com o CA Oliver (mais uma vez) por terem de se dedicar à sua segunda actividade profissional, enquanto promotores de eventos, nomeadamente de baptizados, casamentos e aniversários. Também o Pedro Mortágua não compareceu conforme avisou atempadamente. Oxalá tenha sido bem-sucedido em Aveiro e não se tenha enleado no sargaço, apanhando assim aversão à Veneza Portuguesa. Do Davide nada sabemos, estivemos à conversa com o Nuno Guerreiro e, como é hábito, fomos rodeados por um grande número de espanhóis, não estivesse a Páscoa à porta.

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