Ontem,
domingo, 13 de março, será um dia difícil de esquecer para o dono de um cão que
foi morto a tiro por um ovinicultor numa fazenda no condado inglês de Cheshire,
no noroeste de Inglaterra. Segundo o que a polícia fez saber, o cão ter-se-ia
libertado da sua trela e atacado as ovelhas. O dono tentou em vão chamar o
animal de volta e, como tal não aconteceu, o fazendeiro disparou mortalmente
sobre o cão. A Polícia de Cheshire e a Equipa de Crimes Rurais deram
informações sobre este incidente muito triste nas suas páginas do Facebook,
alertando simultaneamente os proprietários caninos para transitarem nas áreas
rurais com os seus cães à trela, no intuito de evitarem que incidentes trágicos
destes aconteçam.
O
sargento Simpson disse: "Um cão soltou-se da trela, correu atrás de um rebanho
de várias ovelhas e feriu uma, deixando-a com marcas de dentadas no nariz e debaixo
do queixo. Este incidente horrível foi testemunhado pelo dono que tentou
resgatar o cão, mas ele não retornou. Inúmeras tentativas foram feitas pelo
dono do cão e quando o fazendeiro chegou ao local, por não lhe sobrar outra
opção e não ter tempo a perder, viu-se obrigado a abater o cão. Mais uma vez a
acção foi testemunhada por todos os presentes e foi perturbadora para todos os
envolvidos. Ninguém quer atirar num animal de estimação familiar, mas a lei é
clara neste sentido – os fazendeiros podem atirar nos cães quando for
necessário proteger o seu gado.” Alguns dias antes, o mesmo sargento Simpson divulgou
um alerta na página do Facebook da Equipa de Crime Rural, que veio a ser
colocada num portão de agricultores locais e que dizia: "Temos ovelhas prenhes
neste campo. Acabámos de receber o veterinário para abater uma ovelha grávida.
Por favor, mantenha seus cães à trela. Eles podem não atacar, mas podem
assustar e perseguir as nossas ovelhas."
No Reino Unido e noutros lugares, muitos cães irão infelizmente ser abatidos por se encontrarem à solta e sujeitos ao mesmo destino. A solução para o problema não acontecerá por avisos e/ou multas, mas pela apreensão dos cães que forem detectados soltos por um período igual a 90 dias, com os donos condenados a pagar as suas diárias ao preço de mercado, assim como eventuais tratamentos, para além de uma avultada coima pela contravenção, sendo ainda obrigados a pagar os prejuízos causados quando os houver. A morte dos cães pode não evitar as feridas e a morte das ovelhas, mas é capaz de convencer mais donos a não soltar arbitrariamente os seus cães pelos campos fora.
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