Há
muito tempo que alerto para a necessidade dos cães andarem presos à trela na
via pública, independentemente do seu tamanho ou grau de perigosidade, porque
soltos podem causar um sem número acidentes e dolo a terceiros, desde
traumatismos causados por choque a fatais acidentes de trânsito. Proibir os
cães de andar à solta pode não ser uma medida popular e ser politicamente comprometedora,
o que parece não ter intimidado o município de Aubervilliers, localidade
francesa localizada a norte de Paris, no departamento de Seine-Saint-Denis, que
desde o decreto de 24 de janeiro proíbe o passeio dos cães à solta, medida
justificada pelos ataques caninos anteriormente verificados ali, segundo fez
saber a perfeita Karine Franclet (na foto seguinte).
“Qualquer
cão que circule na via pública e nos espaços públicos deve ser mantido à trela,
ou seja, fisicamente ligado ao responsável pelo mesmo”, explica a prefeita e
autarca da UDI (partido de centro-direita). Esta medida foi tomada quando “ocorreram
no território municipal ataques de cães sem trela”, especifica o referido
decreto de 24 de janeiro deste ano. É também aplicada uma restrição adicional a
aplicar a determinada categoria de cães. Com efeito, os cães de defesa e ataque
deverão ser açaimados quando a circular na via pública. A somar a isto, “qualquer
proprietário ou detentor de um dos cães classificados nas categorias de cães de
defesa, ataque ou de guarda é obrigado a fazer uma declaração à Câmara
Municipal", adiantou Franclet. Em simultâneo, foram previstas multas para
sancionar o incumprimento destas regras. Os cães vadios “não identificados, por
seu lado, serão imediatamente apreendidos e transferidos para o canil
municipal.
Saúda-se o acerto constante neste decreto de Aubervilliers. Ainda que possa ter causado alguns amargos de boca, ele presta-se cabalmente ao aumento da segurança de todos os Albertivillariens, os que gostam, os que toleram, os que temem e os que detestam cães. Seria bom que outros municípios aprovassem decretos semelhantes em abono da segurança de todos os cidadãos.
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