Sistematicamente
por toda a parte, com maior incidência nas Ilhas britânicas, os ovinicultores estão
a queixar-se dos cães dos turistas que atacam os seus rebanhos, perseguindo,
ferindo e matando ovelhas, causando graves entraves à sua actividade e
avultados prejuízos. Desta vez aconteceu em França, na cidade de Moissac, na
região administrativa da Occitânia, no Departamento de Tarn-et-Garonne, onde
dois cães errantes atacaram no passado sábado, dia 05 de março, um rebanho de
ovelhas. Assustadas e na ânsia de se livrarem dos seus perseguidores, 16 delas acabaram
por se atirar ao Rio Tarn.
Os
bombeiros foram chamados a intervir e chegaram com barcos e uma equipa de
mergulhadores, conseguindo salvar apenas 2 ovelhas das 16 que se haviam atirado
ao rio, o que não é de espantar, uma vez que as ovelhas não suportam correntes
fortes, a sua lã absorve completamente a água e o seu peso impede-as de nadar
correctamente, pelo que rios e ovelhas não combinam na maioria dos casos, não
sendo por isso recomendável instalá-las perto de rios, lagos e lagoas onde não
tenham pé.
Dispostos a continuar a matança, os dois cães dirigiram-se no dia seguinte a uma capoeira localizada na cidade vizinha de Barthes, onde mataram 1 galo e 3 galinhas. O dono dos galináceos alertou a polícia que acabou por prender os dois cães na capoeira. O Perfeito de Barthes (cargo equivalente aos nossos Presidentes da Câmara9, Marc Miramont, informou ontem a um jornal regional que os cães não usavam coleira e não tinha qualquer tatuagem, mas que a sua identificação estava em andamento para se tentar encontrar o seu proprietário. Entretanto, os cães foram entregues aos cuidados da SPA (Société Protectrice des Animaux). Não há dúvidas que cães destes nunca foram sociabilizados com outros animais domésticos, que esta reacção é instintiva e normalmente perpetrada por cães que vivem invariavelmente encurralados num quintal ou noutro tipo de propriedade e que ao escaparem produzem fenómenos destes. Oxalá se encontre o seu dono e se aquilate das condições em que vivem. Entretanto, o ovinicultor está também à espera para ser indemnizado.
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