quinta-feira, 31 de março de 2022

BRINCAR COM CÃES É ÓPTIMO, MAS LIVRÁ-LOS DA MORTE É AINDA MELHOR!

 

No município alemão de Markkleeberg, no distrito de Leipzig e no estado de Sachsen, a câmara e a polícia estão a alertar os donos dos cães para a existência de pedaços de salsichas envenenadas com veneno de rato e com lâminas de barbear nelas incorporadas. Uma destas iscas foi descoberta no Parque Markkleeberger Agra. As autoridades locais estão a avisar os proprietários caninos para terem uma atenção especial na área do pavilhão, na Pleißedamm, no parque infantil e no prado destinado aos cães, também nas redondezas do referido pavilhão e na zona da rua "Am Volksgut". Até ao momento dois cães já foram vítimas das iscas e o seu autor não foi ainda identificado. Atendendo ao local onde estas armadilhas letais foram colocadas, elas são também perigosas para as crianças.

Na tentativa de agradar aos donos (alguns confundem o adestramento com a comum doma), de os manter entretidos e a pagar mensalidades sem dar por isso, o vulgo dos adestradores escolares tende a remeter para as calendas gregas ou para a terra do nunca o treino da recusa de engodos, omissão criminosa que pode vir a vitimar alguns cães. O trabalho da recusa de engodos, porque carece de recapitulação meticulosa, para ser eficaz e assimilado pelos cães deverá acontecer trimestralmente e durante uma semana, havendo o cuidado de recompensar os cães pelo trabalho realizado. Sem esta habilitação canina e perante locais já denunciados ou suspeitos, os animais deverão sair à rua de trela e açaime posto, o que mesmo assim não dispensa a maior atenção dos seus donos. Brincar com cães é óptimo, mas livrá-los da morte é ainda melhor! 

quarta-feira, 30 de março de 2022

CARTEIRO: UMA PROFISSÃO DE ALTO RISCO


Se já havia muitos donos irresponsáveis no tempo em que os cães eram poucos nos lares, imagine-se agora! Com o aumento dos cães domésticos, que não tem sido acompanhado por uma maior formação dos donos, hoje, mais do que nunca, ser carteiro é uma profissão de alto risco. A prová-lo está o último ataque ocorrido na passada quarta-feira, dia 23 de março (há precisamente uma semana) sobre o carteiro Paul Coleman, quando este estava a entregar a correspondência em Hill Top Crescent, em Waterthorpe nos subúrbios de Sheffield, Inglaterra, incidente que provocou um protesto por parte do Sindicato dos Trabalhadores da Comunicação (Communication Workers Union – CWU) sobre o aumento deste problema na cidade, que disse a determinado momento: “O Royal Mail e a CWU têm cerca de 3.000 funcionários dos correios atacados e feridos por cães todos os anos, alguns tão gravemente feridos que não podem continuar como funcionários dos correios – tanto física quanto mentalmente feridos. Três membros foram quase mortos – um em Sheffield, em 2007 - e 1.000 carteiros de ambos os sexos tiveram dedos ou partes de dedos mordidos em caixas de correio nos últimos 5 anos quando entregavam o correio. A CWU quer ver todos os donos de cães irresponsáveis que não controlam os seus animais e, como tal, permitem que ataques de cães como o ocorrido recente incidente em Sheffield sejam processados e recebam uma sentença que se encaixe com a natureza do crime.”

Os tribunais ingleses podem ordenar sentenças de prisão efectiva até 5 anos e multas ilimitadas para ataques agravados de cães que causem graves ferimentos como o ocorrido há 8 dias em Sheffield, sendo por causa disso a lei do controlo dos animais revista, endurecida e posta em prática. O mesmo sindicato disse que houve um aumento de 80% nos ataques caninos na última década, que muitas vítimas acabam gravemente feridas e mortas pelos cães, que 7.500 pessoas foram hospitalizadas após o ataque deste animais, motivos suficientes para que o assunto seja abordado e discutido. No incidente de Waterthorpe da semana passada, o funcionário da Royal Mail de 56 anos foi transportado para o Hospital Geral do Norte, onde devido ao seu mau estado, os médicos chegaram a temer que a vítima viesse a perder o seu braço direito, apresentando também ferimentos no rosto, no outro braço e nas pernas. Como consequência deste grave incidente um homem foi preso e um cão foi apreendido e remetido a um canil, onde permanecerá até ao términos das investigações. O sindicato dos trabalhadores da comunicação termina apelando aos tribunais que apliquem penas mais pesadas para os donos irresponsáveis.

Esta é uma situação que irá exigir das autoridades britânicas uma resposta pronta, porque doutro modo o Royal Mail terá algumas dificuldades em recrutar carteiros. Entretanto, regozijamo-nos que a Joana e a sua família, a residir em Sheffield, não sejam funcionários dos correios do Reino Unido. 

RESPOSTA A UM PEDIDO

 

Um leitor que desconheço e de quem não tenho qualquer informação, sendo para mim um perfeito desconhecido, enviou-me hoje o seguinte email: Muito bom dia. Gostaria antes de mais de vos dar o meus parabéns pelo excelente trabalho informativo que consta do vosso blog. Sendo potencial comprador de um macho de manto lobeiro (curto), venho pedir orientação na direção de criadores (se possível na margem sul) que possam ter foco nesta variedade, de preferência de manto curto. Muito obrigado. Cumprimentos. Como a pergunta é curta e objectiva, passo de imediato à resposta. Caro Senhor, lamento informá-lo que neste momento desconheço quem tenha cachorros Pastores Alemães lobeiros de pêlo duro para vender, não só na Margem Sul como na Margem Norte, quer sejam de linha de exposição ou não. Contudo, há alguns dias atrás e a pedido de outrem, fui ver uma ninhada de Pastores Alemães para eventualmente escolher um cachorro para um amigo. Para espanto meu, num sítio inesperado e a um preço módico (eu jamais venderia um cachorro àquele preço) descobri uma ninhada excepcional, da qual escolhi um cachorro não menos extraordinário. Eu não sei se está interessado em Pastores Alemães preto-afogueados como segunda opção. Caso esteja, contacte-nos que logo lhe daremos o endereço do criador em questão. Obrigado pelo contacto e felicidades.

ESTIMA-SE QUE 10% DOS CÃES SEJAM ALÉRGICOS

 

As alergias têm vindo a aumentar entre os animais domésticos e estima-se que 10% dos cães sejam agora alérgicos. São inúmeras as causas das alergias, desde ração animal, até pólen e ácaros da poeira doméstica e o seu tratamento requer alguma paciência. Tal como as pessoas, os animais também podem ter um reacção alérgica à erva e a relva, ao pólen, às árvores, aos ácaros e até ao mofo (o CA Oliver e a CPA Luna são até ao momento os únicos cães que entre nós são afectados pelo problema e encontram-se medicados para isso). A alergia mais comum nos cães é a resultante da saliva da pulga, que é caracterizada por uma comichão intensa na região da virilha que leva os animais a coçar-se e a morder-se. A comichão é geralmente o principal sintoma das alergias e o lamber constante dos cães, principalmente nas patas, é também um sinal de comichão e de possível alergia. Como se depreende, a comichão faz com que os animais se lambam e cocem dolorosamente.

Infelizmente, os cães estão a ser cada vez mais alérgicos à comida, a mesma que por vários lados é publicitada como a mais indicada. Além da comichão, distintas alergias podem resultar ainda em problemas gastrointestinais, que tendem a ser ultrapassados por uma dieta de eliminação (hipoalergénica) receitada pelos veterinários com uma duração de 6 a 8 semanas, cujas proteínas e carboidratos são provenientes de carnes menos usadas e tão minimizadas que o corpo não consegue mais reconhecê-las como um alergénico, segundo adianta Natalie Franiek-Krijt, veterinária no Tirol, Áustria (na foto seguinte).

A intransigência dos donos em não permitir aos cães comer o que lhes faça mal é fundamental para a solução do problema e para o bem-estar dos animais, pelo que não deverão condescender em deixá-los comer uma ração não recomendada, aceitar guloseimas de caminhantes ou permitir que vasculhem caixotes do lixo, comida desleixada no chão ou atacar pilhas de compostagem, por qualquer uma desta coisas pode deitar tudo a perder e gerar um retrocesso no ultrapassar das alergias. Esclarece que Bulldogs Franceses, Retrievers, Boxers, Pugs e os seus cruzamentos são particularmente afectados por alergias.

Também os gatos são afectados por alergias, apresentando sintomas graves na cabeça (crostas sangrentas ou lábios severamente inchados), sendo bastante complexo o diagnóstico de alergias ambientais. Normalmente são usados exames de sangue nos quais os anticorpos são medidos ou testes intradérmicos, onde os alergénios são injectados na pele dos animais. Nos gatos, para além da comichão e de problemas gastrointestinais, as alergias poderão também resultar em infecções oculares. Segundo a mesma Dr.ª Franiek-Krijt “o objectivo é interromper o ciclo vicioso de infamação e comichão na pele.” O tratamento destas alergias é possível através de comprimidos, soluções orais e injecções. Anticorpos monoclonais são injectados sob a pele uma vez por mês, podendo os animais ser banhados com champôs medicinais, sendo que a administração de óleos ómega-3 também ajuda. Todavia, nem todo o arranhão é sinal de alergia, podendo também resultar de picadas de pulgas ou ácaros. No entanto, perante uma comichão inabitual e persistente, especialmente agora na primavera que é farta em alergias tanto para homens como para cães, não hesite – consulte o veterinário assistente do seu cão.

PODERÁ ENCONTRÁ-LO NO AEROPORTO TRUDEAU DE MONTREAL

 

Estou a falar de um CPA lobeiro de pêlo comprido, com 4 meses de idade que passeia pelo Aeroporto Trudeau de Montréal, no Canadá, onde está a iniciar a sua formação como cão para a detecção de explosivos e que é muito acarinhado pelos passageiros que o avistam, sendo supervisionado pela sua treinadora, Marie-Noelle Cote, membro da unidade canina daquele aeroporto, com quem o gracioso cachorro está a estabelecer fortes vínculos afectivos e a conhecer o seu futuro local de trabalho. Para além disto, o Sonic (na foto abaixo), assim se chama o cachorro, está a sociabilizar-se com as pessoas e a aprender a comportar-se dentro do aeroporto, a aprender a entrar no elevador, a acostumar-se a diferentes pisos e pessoas, inclusive as que se deslocam em cadeira de rodas. Em simultâneo, a sua treinadora ensina-o a saltar bancos e plataformas de bagagem, a fazer backup em superfícies de variadas alturas para que venha a ser ágil em todos os espaços de aeroportos e aeronaves. No que sobra do seu tempo, Sonic e Marie-Noelle fartam-se de brincar e de jogar um com o outro, principalmente “jogos de busca” através de uma bola roxa estridente e de muitas guloseimas distribuídas como recompensa.

Daqui a sensivelmente a um ano ou mais, quando o Sonic for adulto e estiver mais maduro, a parte formal do seu treino terá então início, onde aprenderá a detenção de explosivos pela recompensa do brinquedo (os seus treinadores ocultam-lhe um odor e ele tem que farejá-lo, sentando-se ou deitando-se depois ao seu lado, altura em que será recompensado). O Esquadrão Canino do Aeroporto Trudeau recebe em média 3 pedidos semanais para que os seus cães farejem algo suspeito, nomeadamente bagagem desacompanhada. Como os cães aprendem pela repetição e pela exposição, cães como o Sonic terão que treinar em múltiplas situações como aeronaves e em toda a sorte de veículos, tanto no seu interior como no exterior. Quando questionada sobre o porquê do uso do Pastor Alemão, Marie-Noelle disse que qualquer pode ser treinado para aquele tipo de trabalho, mas que o Pastor Alemão ao ser facilmente reconhecido como cão-polícia, as pessoas associam-no logo à segurança pública, coisa que dificilmente fariam se circulasse com um Chihuahua. Todavia, o Sonic continuará nos próximos 8 meses ou mais a emanar uma imagem de ternura, não emitindo por isso alguns sinais intimidatórios. Mais tarde, quando aprovado na Detecção de Explosivos, o Sonic e a sua treinadora receberão uma certificação da Transport Canadá.

Se porventura vier a desembarcar no Aeroporto Trudeau de Montréal é possível que veja por lá o Sonic, um adorável e brincalhão cachorrinho a pular e a correr atrás de uma bola. O meu objectivo ao contar-vos a sua história foi o de mostrar, no essencial, como funciona o treino de um cão detector de explosivos. Surpreendentemente ou não, porque os cães “puros” são todos aparentados entre si, o Sonic parece uma réplica fiel do CPA Bohr com a mesma idade, pastor que é propriedade do nosso aluno e colaborador Paulo Jorge.

Se o mundo dos homens é pequeno, o dos cães é bem menor!

COREIA DO SUL E TAILÂNDIA

 

Do Sudeste Asiático sempre nos chegam muitos leitores. Camboja; Coreia do Sul; Filipinas; Indonésia; Japão; Myanmar; Singapura; Tailândia; Taiwan e Vietname são países donde sempre nos chegam novos visitantes (por vezes também algum chinês tresmalhado). Exceptuando os leitores japoneses, que por vezes alcançam as várias dezenas semanalmente (já houve ocasiões em que estiveram perto da centena), os leitores dos outros países, todos juntos e no mesmo período de tempo não ultrapassam normalmente as três dezenas. Porém, temos 6 leitores na Coreia do Sul e outros 6 na Tailândia que são assíduos, pelo que nos apraz dizer, em tom de brincadeira, que “são poucos, mas bons!” Agradecemos o contacto e esperamos continuar a merecer o interesse de todos, esperando que mais leitores do sudeste asiático nos visitem. Ainda no que concerne a leitores, agora do Atlântico Sul e nestas duas últimas semanas, o número de visitantes brasileiros deste blogue ultrapassou, inesperadamente e em muito, o dos norte-americanos e portugueses, sugerindo que o Brasil descobriu Portugal, pois não me acredito que esta procura esteja relacionada com a vaga de treinadores de futebol portugueses que hoje militam no futebol brasileiro, alguns deles com inegável sucesso (curiosamente, o seleccionador nacional da equipa de futebol da Coreia do Sul, que vai estar presente no próximo campeonato do Mundo, é também um português – Paulo Bento). Chutos na bola à parte, com a língua portuguesa como auto-estrada (autoestrada), que venham mais brasileiros! 

terça-feira, 29 de março de 2022

DEVO ENTREGAR UM CÃO A UMA CRIANÇA AUTISTA?

 

A dúvida que encabeça este artigo não tem uma resposta unânime nem peremptória, havendo quem diga que “não”, quem diga que “sim” e ainda quem diga um “sim condicionado”. Mas vamos ao caso concreto, acontecido na cidade de Listowel, na província canadiana de Ontário, onde mora o casal Mike e Erin Doan, pais de Henry, um menino autista não-verbal com 9 anos de idade, que só recentemente aprendeu a falar com a ajuda de um software especial instalado num iPad. Segundo a mãe, o menino disse “Quero um cachorro agora”, pedido que deixou os seus pais muito felizes por serem gente que adora cães, mas que estavam a adiar a aquisição de um até terem a certeza do seu filho estar pronto para isso (segue foto da família).

Decidida a encontrar um cão para o filho (na foto abaixo), Erin inquiriu sobre um cão postado online pelo Kismutt Rescue situado nos arredores de St. Marys, na mesma província de Ontário. Como pretendia ser sincera, esta mãe pediu um encontro com o grupo de resgate de animais e disse-lhes que o seu filho era autista. Para seu espanto e desânimo, recebeu mais tarde um email que dizia: “Desculpe, espera que você entenda, mas acho que, com base no autismo do seu filho, tal não seria uma boa opção.” Perplexa e ao mesmo tempo insatisfeita com aquela resposta, a mãe do menino pediu mais esclarecimentos e foi informada de que o Kismutt Rescue não entrega cães para adopção a famílias com autismo. Não aceitando tal justificativa, Erin contrapôs: "Hoje em dia, há tanta desinformação, e essas crianças e adultos com autismo são pessoas maravilhosas", disse ela. "Com certeza, há alguns que têm mais problemas comportamentais do que outros, mas pôr em prática uma política generalizada sem sequer conhecer a criança e a família - é realmente desanimador. Só porque uma criança tem um colapso ou uma explosão, não significa que todas as crianças com autismo tenham explosões com os seus animais”.

Após várias tentativas de contacto com Kismutt Rescue, uma pessoa desconhecida da organização enviou-lhe um e-mail após a publicação desta história dizendo que o aquele abrigo adopta cães para pessoas com deficiência, mas que só faz para cães de companhia, não como cães de serviço. Anteriormente, a organização já havia escrito um longo post no Facebook sobre sua política de não permitir que famílias com crianças com autismo adoptassem um cão. “Uma das partes mais difíceis do resgate é o aspecto emocional”, dizia o post. "Tomar decisões difíceis, aprender com os erros e testemunhar ferimentos graves, levou-nos evitar doenças e morte em animais." O post continuava detalhando duas ocasiões separadas que envolviam uma criança com autismo que mordeu um cão após a adopção do Kismutt Rescue. Na outro caso citado, uma criança bateu num cão com um leque. “Após o segundo incidente com o segundo cão, fiz uma política de que NENHUM cachorro será adotado em lares com crianças autistas”, dizia o post.

Billie Wessel, de Londres, Ontário, leu pela primeira vez a postagem do grupo de resgate num grupo de apoio do Facebook para pais cujos filhos têm autismo. “É nojento, honestamente, ler isto porque o autismo é um espectro… Só porque uma criança teve um colapso ou explosão não significa que todas as crianças com autismo tenham explosões com os seus animais", disse Wessel, que tem uma filha de dois anos com autismo e um Pug chamado Snickers. Wessel é também uma trabalhadora do serviço de desenvolvimento na “Participation House Support Services” em Londres e trabalha com adultos que têm autismo. 

"Acho que nunca deveria haver um caso em que uma criança fosse discriminada", continuou Wessel. "Uma criança 'normal' de funcionamento regular também pode ter problemas de agressão com um cão, da mesma forma que uma criança autista pode ter um colapso." Concluindo, disse ainda: “Cabe aos pais de todas as crianças avaliar aquilo com que os seus filhos podem lidar em particular.” Este é também o meu parecer e tem sido prática na Acendura, quando por diversas vezes adequámos cães para autistas no âmbito da nossa missão. Entretanto, a busca da família Doan parece estar a ter sucesso, porque outro abrigo local estendeu-lhe a mão e espera trabalhar com ela para encontrar o par perfeito para o Henry, o que levou Erin, a mãe do menino a exclamar: “Há novamente alguma humanidade lá fora!” 

PARA QUE VIERAM OS ADESTRADORES AO MUNDO?

 

Quando vejo pretensos adestradores a massacrar cães com vãs repetições como se os animais fossem estúpidos e a exigir-lhes acertos pela coação como se só entendessem a lei do cajado, chego a perguntar para mim mesmo para que vieram os adestradores ao mundo e se os cães estão cá para sofrer. Depois da crucial obrigação de contribuir para a sobrevivência dos cães, os adestradores estão cá para fazê-los felizes e eles só o serão quando compreendidos, convidados para experiências variadas e ricas e recompensados pelo seu esforço, o que jamais acontecerá se a educação dos donos não acontecer em paralelo, já que doutro modo dificilmente serão compreendidos. Sim, os adestradores vieram ao mundo para fazer os cães felizes e dar-lhes abundância de vida!

PROMOVIDOS A COMANDANTES DE PELOTÕES DE CABRAS

 

A novidade laboral canina só acabará quando os homens deixarem de ser criativos, porque o homem fez o cão para massificar os seus sonhos e concretizar algumas das suas ambições. Segundo a “Newsweek” (1), revista semanal de notícias nova-iorquina, as autoridades de Sacramento, no Estado norte-americano da Flórida, decidiram chamar um pelotão de cabras comandado por um cão para ajudar a combater os incêndios florestais naquela área. Milhares de cabras trabalharão para comer ervas daninhas problemáticas e secas ao longo da Clarksburg Branch Line Trail, na parte oeste da cidade. Após meses de chuva intensa, as ervas cresceram rapidamente e agora, com a primavera e o verão, irão começar a secar, temendo os funcionários do governo que se transformem num barril de pólvora com a aproximação da época estival, atendendo aos incêndios que podem gerar. Shawn Aylesworth, maior responsável pela manutenção do parque da cidade de Sacramento, disse à ABC News que as cabras podem entrar em “cantos e recantos muito pequenos”. Muitas dessas ervas daninhas encontram-se em terreno acidentado e difícil de alcançar, o que dificulta o trabalho dos cortadores de relva. Os responsáveis da cidade temem também que os cortadores de relva ao atingirem as rochas possam provocar um incêndio na área. Quando as cabras tiverem comido todas as ervas em Clarksburg Branch Line Trail, serão encaminhadas para North Laguna Creek Wildlife Area para proceder à mesma tarefa.

Um vídeo da cidade de West Sacramento mostra um cão a guiar um grande rebanho de cabras a atravessar uma estrada, enquanto na sua retaguarda outro cão as junta e um homem incita-as a procurar as ervas (na foto abaixo). O chamado ‘programa de pastoreio de cabras’ (Goat Grazing Program), aqui entendido como “cabras sapadoras”, é uma opção ecologicamente correcta e eficaz para eliminar a vegetação perigosa assim como económica, sendo segundo Aylesworth “a coisa certa para a cidade e para o meio-ambiente”. Convém relembrar que nos últimos anos a Califórnia enfrentou alguns dos piores incêndios florestais que a sua história regista. Entretanto, a “temporada de incêndios” na Flórida está a ficar cada vez mais longa, facto que fica a dever-se ao aquecimento global que ali tem causado secas e calor intenso. Em 2020, 58.950 incêndios queimaram 10,1 milhões de acres de terra, o equivalente à área cultivada naquele estado no ano de 1960. O especialista em incêndios florestais Craig Clements disse à ABC News que a maioria dos grandes incêndios geralmente começa na erva seca, sendo ela que alimenta o fogo com maior facilidade e que o estende até aos arbustos cercanos, propagando-se destes até às florestas. O mesmo Clements disse que as próximas temporadas de verão podem parecer "bastante sombrias mercê da seca severa e da consequente secagem das gramíneas”, adiantando ainda que o norte da Califórnia poderá ter "um junho bastante movimentado em termos de incêndios" (queira Deus que não).

Promovidos a comandantes de pelotões de cabras, os cães prestam mais uma vez um serviço ao bem-estar comunitário. Hoje aconteceu na mítica Califórnia, amanhã acontecerá em qualquer lugar onde o seu préstimo será requisitado. Este serviço à cidade de Sacramento, em tudo igual à ancestral transumância, lembra a passagem de rebanhos, agora de cabras, da planície para a montanha e vice-versa, só que desta vez é feita da cidade para o campo, muito embora o serviço dos cães seja exactamente o mesmo.

(1)Newsweek é mui conhecida revista de notícias semanal norte-americana, publicada na cidade de Nova Iorque e distribuída nos Estados Unidos e internacionalmente. Actualmente é a segunda maior revista semanal do país, superada apenas pela revista TIME em circulação e ganhos com publicidade.

segunda-feira, 28 de março de 2022

MORTE ESCUSADA DE CÃO EM LOCAL LENDÁRIO

 

A Guarda Costeira de Coleraine, na dita Irlanda do Norte, emitiu ontem um aviso destinado aos donos de cães, depois de um cão ter caído e morrido nos penhascos da Calçada dos Gigantes (Giant’s Causeway), situado no sopé das falésias de basalto ao longo da costa, na amurada do Planalto de Antrim, cuja visão dramática inspirou lendas de gigantes a caminhar sobre o mar até à Escócia, sendo por tudo isto um local turístico de eleição, mas para onde não se devem levar cães soltos.

Segundo a mesma Guarda Costeira, as equipas encarregadas de resgatar o animal já o encontraram morto. Em função do sucedido, através das redes sociais, aquela autoridade pediu aos proprietários caninos que caminhassem naquela área com os seus cães presos à trela. “ Por favor mantenha o seu cão atrelado perto dos penhascos… As equipes de resgate de corda de Coleraine e Ballycastle Coastguard e Portrush RNLI foram incumbidas esta manhã depois do relatório de que um cão havia caído num penhasco perto do Causeway Hotel na Giants Causeway… Infelizmente, o animal foi recuperado morto pela tripulação do RNLI Inshore Lifeboat… A Guarda Costeira apela a todos os donos de cães que mantenham os seus animais sempre atrelados quando estiverem perto das bordas do penhasco. “Se o seu cão cair de um penhasco, por favor, não tente resgatá-lo, ligue para a Guarda Costeira 999.”

A Guarda Costeira compreendeu de imediato a natureza do problema, que a queda e consequente morte dos cães naquele local fica a dever-se exclusivamente à incúria dos seus donos, que os soltam por lá sem anteverem os riscos que correm. Nenhum aviso ou qualquer tipo de repressão, seja que de autoridade for, conseguirá regrar o uso dos cães, porque sabemos quanto é vã a disciplina diante das afeições e é nelas que se baseia o relacionamento entre donos e animais. Porém, para que a situação não se agrave, é primordial proceder à educação e formação os donos, condicionar a entrega de cães, interditar-lhes áreas e criar espaços alternativos onde possam ser cães sem incomodar ninguém.

MUAY THAI IN DEN BERGEN

 

Inevitavelmente, os conflitos entre pessoas e cães têm aumentado e continuarão a aumentar devido ao elevado número destes animais que coabita connosco por toda a parte. Para agravar a situação não faltam por aí pessoas que tratam os seus cães como crianças ou bebés, permitindo-lhe toda a sorte de devaneios a despeito dos direitos que assistem aos demais cidadãos, o que geralmente resulta em disparatadas discussões e cenas de pancadaria, que geralmente não escolhem nem hora nem local. Assim aconteceu ontem, domingo, no Umbrüggleralmweg em Innsbruck (nas montanhas), por volta das 11h40. A disputa aconteceu por causa de um cão que se encontrava solto, envolvendo um homem de 52 anos e um jovem de 25 anos, protestando o primeiro por causa do cão solto do segundo. A discussão acalorou-se e evoluiu para uma briga, com o jovem de 25 anos a sofrer uma fractura múltipla num dos punhos e a ser levado para uma clínica de Innsbruck para tratamento.

Há que dizer a verdade: a maior parte das contendas à volta dos cães prendem-se com situações abusivas por parte dos seus donos, porque não estabelecem regras nem limites aos seus novos pirralhos, que libertos de obrigações agem como se o mundo fosse seu e os outros fossem seus súbditos. Eu não sei exactamente o que aconteceu em Innsbruck (a investigação está ainda em curso), mas não me custa acreditar que tenha sucedido ali algo semelhante. Daqui apelo aos nossos leitores para que respeitem os direitos das pessoas com que se cruzam ao sair à rua com os seus cães, uma vez que não deverão estar interessados em praticar Muay Thai nas montanhas, Kung Fu nos jardins ou Capoeira pelas calçadas. O mundo está cada vez mais violento e sandices destas não acontecem só na Áustria. Cumpra a lei, circule com o seu cão à trela, porque doutro modo deverá sair pronto para o combate.

domingo, 27 de março de 2022

TRELA DE SUSPENSÃO: DETALHES, USO E BENEFÍCIOS

 

Já há mais de 7 anos que a TRELA DE SUSPENÇÃO passou a ser um acessório obrigatório na nossa escola pelas imensas vantagens pedagógicas e práticas que oferece. Antes que alguém indevidamente reclame a sua autoria, convém não esquecer que estamos no país do plágio (1), adianto que este acessório foi pensado a partir da correia de suspensão da espada usada pela tropa de cavalaria e por todos os miliares autorizados a usá-la. A trela de suspensão que criei para o adestramento é composta por duas peças: 1 passador de prisão e a trela de suspensão propriamente dita. O passador é preso num cinto e a trela de suspensão presa nele. O passador deverá ter a largura suficiente para ser colocado num cinto até 7 cm de largura; a trela de suspensão deverá medir 57 cm de comprimento desde a ponta do mosquetão até à outra extremidade, medindo somente 27 cm entre a ponta do mosquetão e o veio da fivela. A área livre de ajuste tem 24cm; um primeiro furo distante do veio da fivela de 7 cm e mais dois a partir deste com 3 cm de distância um do outro. As correias a utilizar para o seu fabrico tanto poderão ser de cabedal como de nylon. Na foto seguinte vemos em destaque o passador de prisão e a trela de suspensão.

No que concerne ao seu uso, a Trela de Suspensão tanto pode ser usada na escola como no quotidiano dos binómios, quando importa aprimorar o “junto” e alcançar a condução dos cães em liberdade, assim como libertar as mãos dos condutores para as suas tarefas e rotinas diárias. Graças a isso, a Trela de Suspensão é também conhecida como “um kit de mãos livres”.

Do ponto de vista pedagógico são inúmeras as vantagens desta trela, uma vez que contribui para o reforço da unidade binomial e vem em auxílio dos condutores que normalmente se desleixam com a trela regulamentar em uso (de 150 a 180 cm). A Trela de Suspensão para além de auxiliar na transição da condução à trela para a condução em liberdade, por induzir os cães a uma maior fixação nos donos, como já atrás dissemos, possibilita que os alunos das 3 classes (A, B e C) possam trabalhar em conjunto, em boa ordem e sem maiores atropelos, devendo por isso também ser usada nas exibições escolares quando importa desenvolver figuras de carrossel, como aquelas que evidenciámos no texto “NA TOADA DO OMBRO DIREITO, JOELHO ESQUERDO”, datado do dia 20 do corrente mês. Perante uma maior necessidade de ajustamento, a Trela de Suspensão pode ser presa directamente no cinto sem passar pelo passador de prisão. Para além destes aspectos e vantagens, esta trela tende a evitar os tradicionais descuidos com cães agressivos ou ainda por sociabilizar.

Na prática, o que parece não deixar dúvidas a ninguém, esta trela presta-se a um sem número de situações que seriam impossíveis ou mais embaraçosas sem o seu concurso, como ir às compras, ler o jornal e transportar diversos acessórios e matérias sem haver necessidade de se segurar os cães. Por outro lado, a Trela de Suspensão pode ser presa aos carrinhos de bebé, desde que os cães em questão tenha sido objecto de treino aturado, circulem naturalmente alinhados, sejam autenticamente obedientes e verdadeiramente sociabilizados, porque doutro modo poderão colocar em risco a vida dos bebés. Vai ter um bebé brevemente em casa? Trate de treinar o seu cão convenientemente e traga o carrinho da criança para o treino, porque não é nada fácil segurar um cão numa mão e ter a outra no carrinho da criança.

Cães que treinam diariamente com a Trela de Suspensão tendem a alcançar a condução em liberdade mais cedo, pelo que este acessório acaba por ser obrigatório para os cães mais instintivos, menos interactivos e naturalmente manhosos. Tenho dito!

(1)Ao longo da minha carreira de adestrador, entre outros abusos e patranhas, já tentaram roubar-me a autoria dos meus livros e dos meus inventos, também da trela e do estrangulador hoje em uso em várias escolas, continuando a plagiar-me descaradamente e a reclamar para si ensinamentos que não conseguem explicar, sendo “pai” de muitos que não reconheço e que continuam a apostar em confundir-se comigo, pelo que sempre será mais fácil educar cães.

À CONQUISTA DO CASTELO E NA DEFESA DO CAPACETE

 

No dia primaveril com que fomos obsequiados ontem optámos por trabalhar sobre umas velhas e gastam muralhas para acostumar os cães aos mais variados cenários, para que nada estranhem e em tudo sejam vencedores. No GIF acima vemos o grupo escolar a fazer “À frente” numa escadaria como se exige e no seguinte a descê-la em “Atrás” com convém à segurança dos seus líderes.

Dos vários obstáculos que encontrámos pela frente, destacaram-se vários muros de pedra, barreiras que foram transpostas pelos nossos cães. Na foto abaixo vemos a CPA Luna a ultrapassar um deles.

Depois de “conquistarmos” o castelo, saímos dele e demos continuidade à transposição de muros de alvenaria num plano inferior. Na foto seguinte podemos observar o desempenho do CPA cinzento Jay sobre um deles.

No mesmo muro podemos também ver a cachorra CPA negra Gaia, mas mais importante do que o desempenho da lupina é a extraordinária indicação de salto operada pelo seu condutor, que de tão pronunciada que foi, exalou o ânimo que faz a diferença no desempenho dos cães.

O cão na foto que se segue é o CPA preto-afogueado Bock, surpreendido quando saltava um muro misto. Depois de um par de meses entre nós, este cão diminuiu significativamente a sua divergência de mãos, levantou a espádua, abraçou a marcha (inclusive a suspensa), ganhou força, viu aumentada a sua envergadura, alcançou maior alegria de vida e uma disponibilidade notável.

Para culminar o trabalho sobre os muros, convidámos 3 Pastores Alemães para saltar o muro de 2 metros em simultâneo, querendo com isso ajudar, pelo exemplo dos mais velhos, a cachorra CPA negra no exercício (Gaia, a primeira do lado direito).

Numa caixa de reparações automóveis executámos várias chamadas em simultâneo e em diferentes direcções para fidelizar os cães aos seus condutores e torná-los indiferentes às chamadas alheias. Fizemo-lo primeiro com 3 cães conforme atesta o GIF seguinte.

Após isto, optámos por aumentar o número de cães para 4. O que torna o exercício mais espectacular é a saída ao mesmo tempo de todos os cães, sincronia que não correu também como a que lhe antecedeu. De qualquer modo, nenhum cão correu para um dono alheio ou obedeceu a outro.

Com uns motociclistas por perto, pedimos a um que se pusesse na sua moto e que permitisse que um cão saltasse sobre ele. O homem balbuciou qualquer coisa como “ai minha rica motinha” e com algum receio acedeu ao nosso pedido. O cão escolhido para o efeito foi uma cadela, a CPA Luna, muito embora o CPA Bohr tenha executado a mesma ordem. Também por causa do trabalho continuado sobre motos e bicicletas não há memória de cães da Acendura Brava a correr atrás destes veículos.

Depois, com a prestimosa colaboração do Jorge Guerreiro (homem acostumado a estas perigosas andanças), procedemos à guarda do capacete do motociclista que connosco colaborou, no intuito de preparar os cães para guardar aquilo que lhe for ordenado e como forma de agradecimento para o generoso motociclista. O primeiro cão a ser convidado para o efeito foi o CPA Lobeiro Bohr, que ainda “cheirou” o pescoço do pretenso ladrão.

Também a CPA preto-afogueada Luna foi convidada para a guarda do mesmo objecto, arrancando decidida e célere para cima daquele ladrão ocasional, mimoseando-o com um “beijinho” na parte superior da sua coxa esquerda, o que é quase imperceptível devido à velocidade imprimida pelo animal.

Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Clarinda/Keila; Jorge/Gaia; José Maria/Jay; José Maria/Rocky; Lucas/Bock; Paulo/Bohr e Pedro Rodrigues/Luna. A reportagem fotográfica coube ao Paulo Jorge, no que foi ajudado pela Silvana. A Inês e o Carlos Silva não compareceram com o CA Oliver (mais uma vez) por terem de se dedicar à sua segunda actividade profissional, enquanto promotores de eventos, nomeadamente de baptizados, casamentos e aniversários. Também o Pedro Mortágua não compareceu conforme avisou atempadamente. Oxalá tenha sido bem-sucedido em Aveiro e não se tenha enleado no sargaço, apanhando assim aversão à Veneza Portuguesa. Do Davide nada sabemos, estivemos à conversa com o Nuno Guerreiro e, como é hábito, fomos rodeados por um grande número de espanhóis, não estivesse a Páscoa à porta.

sábado, 26 de março de 2022

MAIS UMA PARA AS ESTATÍSTICAS

 

A morte de Serenity Garnett, (na foto seguinte), uma menina de 7 meses de idade, acontecida na passada terça-feira, em consequência do ataque de um cão, deixou chocada a população da aldeia de Martinez, situada nos subúrbios da cidade de Augusta, no Condado de Richmond, estado norte-americano da Geórgia. O trágico incidente aconteceu no apartamento alugado pela bisavó da menina e o cão pertencia ao senhorio da casa, um musculoso híbrido de American Bulldog e Great Pyrenees. Sem se compreender bem porquê, o animal atacou a menina e a sua bisavó, ferindo fatalmente a menina, que morreu no hospital em consequência dos ferimentos e a sua bisavó quando tentou afastá-lo da criança.

Um vizinho fez saber a alguns órgãos de informação que aquele híbrido canino já havia reagido agressivamente contra pessoas. Quando os paramédicos chegaram ao local, não tinham como se aproximar das vítimas, o que obrigou dois vizinhos a segurar o cão para que pudessem encaminhá-las para o hospital. O animal foi colocado de quarentena por 10 dias e será testado para se ver se tem raiva ou não. Apesar de até ao momento nenhuma queixa tenha sido apresentada, o incidente está a ser investigado.

De acordo com os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), 50% das vítimas de ataques caninos nos Estados Unidos são crianças. Um quarto destas irá precisar de tratamento médico ou de dar entrada numa sala de emergência hospitalar. No total, anualmente, cerca de 800.000 norte-americanos precisam de ajuda médica após terem sido atacados por cães. Serenity Garnett, infelizmente, é mais um número a acrescentar às estatísticas.

Se porventura o cão em questão, conforme dizem os vizinhos, já evidenciava ser agressivo contra pessoas, não consigo compreender o que fazia ao redor da criança que chacinou, ainda mais quando esta era cuidada por uma bisavó, pessoa que se provou não ser capaz de fazer frente ao animal. Acho bem que a investigação agora encetada descubra o responsável ou responsáveis pelo desaparecimento da menina.