No
dia primaveril com que fomos obsequiados ontem optámos por trabalhar sobre umas
velhas e gastam muralhas para acostumar os cães aos mais variados cenários,
para que nada estranhem e em tudo sejam vencedores. No GIF acima vemos o grupo
escolar a fazer “À frente” numa escadaria como se exige e no seguinte a
descê-la em “Atrás” com convém à segurança dos seus líderes.
Dos
vários obstáculos que encontrámos pela frente, destacaram-se vários muros de
pedra, barreiras que foram transpostas pelos nossos cães. Na foto abaixo vemos
a CPA Luna a ultrapassar um deles.
Depois
de “conquistarmos” o castelo, saímos dele e demos continuidade à transposição
de muros de alvenaria num plano inferior. Na foto seguinte podemos observar o
desempenho do CPA cinzento Jay sobre um deles.
No
mesmo muro podemos também ver a cachorra CPA negra Gaia, mas mais importante do
que o desempenho da lupina é a extraordinária indicação de salto operada pelo
seu condutor, que de tão pronunciada que foi, exalou o ânimo que faz a
diferença no desempenho dos cães.
O
cão na foto que se segue é o CPA preto-afogueado Bock, surpreendido quando
saltava um muro misto. Depois de um par de meses entre nós, este cão diminuiu
significativamente a sua divergência de mãos, levantou a espádua, abraçou a
marcha (inclusive a suspensa), ganhou força, viu aumentada a sua envergadura,
alcançou maior alegria de vida e uma disponibilidade notável.
Para
culminar o trabalho sobre os muros, convidámos 3 Pastores Alemães para saltar o
muro de 2 metros em simultâneo, querendo com isso ajudar, pelo exemplo dos mais
velhos, a cachorra CPA negra no exercício (Gaia, a primeira do lado direito).
Numa
caixa de reparações automóveis executámos várias chamadas em simultâneo e em
diferentes direcções para fidelizar os cães aos seus condutores e torná-los
indiferentes às chamadas alheias. Fizemo-lo primeiro com 3 cães conforme atesta
o GIF seguinte.
Após
isto, optámos por aumentar o número de cães para 4. O que torna o exercício
mais espectacular é a saída ao mesmo tempo de todos os cães, sincronia que não
correu também como a que lhe antecedeu. De qualquer modo, nenhum cão correu
para um dono alheio ou obedeceu a outro.
Com
uns motociclistas por perto, pedimos a um que se pusesse na sua moto e que
permitisse que um cão saltasse sobre ele. O homem balbuciou qualquer coisa como
“ai minha rica motinha” e com algum receio acedeu ao nosso pedido. O cão
escolhido para o efeito foi uma cadela, a CPA Luna, muito embora o CPA Bohr
tenha executado a mesma ordem. Também por causa do trabalho continuado sobre
motos e bicicletas não há memória de cães da Acendura Brava a correr atrás
destes veículos.
Depois,
com a prestimosa colaboração do Jorge Guerreiro (homem acostumado a estas
perigosas andanças), procedemos à guarda do capacete do motociclista que
connosco colaborou, no intuito de preparar os cães para guardar aquilo que lhe
for ordenado e como forma de agradecimento para o generoso motociclista. O
primeiro cão a ser convidado para o efeito foi o CPA Lobeiro Bohr, que ainda “cheirou”
o pescoço do pretenso ladrão.
Também
a CPA preto-afogueada Luna foi convidada para a guarda do mesmo objecto,
arrancando decidida e célere para cima daquele ladrão ocasional, mimoseando-o
com um “beijinho” na parte superior da sua coxa esquerda, o que é quase
imperceptível devido à velocidade imprimida pelo animal.
Participaram
nos trabalhos os seguintes binómios: Clarinda/Keila; Jorge/Gaia; José Maria/Jay;
José Maria/Rocky; Lucas/Bock; Paulo/Bohr e Pedro Rodrigues/Luna. A reportagem
fotográfica coube ao Paulo Jorge, no que foi ajudado pela Silvana. A Inês e o
Carlos Silva não compareceram com o CA Oliver (mais uma vez) por terem de se
dedicar à sua segunda actividade profissional, enquanto promotores de eventos,
nomeadamente de baptizados, casamentos e aniversários. Também o Pedro Mortágua
não compareceu conforme avisou atempadamente. Oxalá tenha sido bem-sucedido em
Aveiro e não se tenha enleado no sargaço, apanhando assim aversão à Veneza Portuguesa.
Do Davide nada sabemos, estivemos à conversa com o Nuno Guerreiro e, como é
hábito, fomos rodeados por um grande número de espanhóis, não estivesse a
Páscoa à porta.