A Universidade
de Sena anunciou que encontrou alguns vestígios da presença muito antiga do
cão, datados entre 14 e 20 mil anos, nos sítios de Grotta Paglicci em Rignano
Garganico (Foggia) e Grotta Romanelli em Castro (Lecce). A descoberta coube à unidade
de investigação de pré-história e antropologia do departamento de ciências
físicas, terrestres e ambientais da Universidade De Siena. Este estudo, que
teve a colaboração de vários organismos italianos e internacionais, foi
recentemente publicado na revista Scientific Reports. Estes vestígios
encontrados na Apúlia são até à data os indivíduos mais antigos descobertos na
área do Mediterrâneo, podendo em simultâneo representar a primeira evidência do
processo que levou ao aparecimento do cão - o primeiro animal doméstico.
Segundo a Universidade atrás citada, novas
pesquisas poderão a partir de agora explicar o papel do cão no Paleolítico, se
caçador, guarda de acampamentos ou investido de um importante papel simbólico,
papel que ainda hoje desempenha como manifestação terrena de espíritos ou da reencarnação
dos mortos nalgumas populações. Parece que o endeusamento do cão é bem mais
antigo do que o deus Anúbis do Egipto e que o seu culto actual é um
remanescente do que escapou ao crivo do tempo. Endeusar animais está no nosso
ADN? Se realmente existe um “gene religioso”, conforme diz Dean Hamer(1), não
me custa acreditar que sim.
(1)Dean
Hamer, doutor pela Universidade de Harvard e autor do polémico livro “O Gene de
Deus”, que tem provocado debates em todo o mundo.
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