quinta-feira, 3 de setembro de 2020

FOI DESCOBERTO O CÃO ITALIANO MAIS VELHO

A Universidade de Sena anunciou que encontrou alguns vestígios da presença muito antiga do cão, datados entre 14 e 20 mil anos, nos sítios de Grotta Paglicci em Rignano Garganico (Foggia) e Grotta Romanelli em Castro (Lecce). A descoberta coube à unidade de investigação de pré-história e antropologia do departamento de ciências físicas, terrestres e ambientais da Universidade De Siena. Este estudo, que teve a colaboração de vários organismos italianos e internacionais, foi recentemente publicado na revista Scientific Reports. Estes vestígios encontrados na Apúlia são até à data os indivíduos mais antigos descobertos na área do Mediterrâneo, podendo em simultâneo representar a primeira evidência do processo que levou ao aparecimento do cão - o primeiro animal doméstico.
Segundo a Universidade atrás citada, novas pesquisas poderão a partir de agora explicar o papel do cão no Paleolítico, se caçador, guarda de acampamentos ou investido de um importante papel simbólico, papel que ainda hoje desempenha como manifestação terrena de espíritos ou da reencarnação dos mortos nalgumas populações. Parece que o endeusamento do cão é bem mais antigo do que o deus Anúbis do Egipto e que o seu culto actual é um remanescente do que escapou ao crivo do tempo. Endeusar animais está no nosso ADN? Se realmente existe um “gene religioso”, conforme diz Dean Hamer(1), não me custa acreditar que sim.
(1)Dean Hamer, doutor pela Universidade de Harvard e autor do polémico livro “O Gene de Deus”, que tem provocado debates em todo o mundo.

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