Segundo
notícia publicada no site da gulfnews, há coisa de uma semana atrás, na aldeia
indiana do Chamampathal, no Distrito de Kottayam, Estado de Kerala, um cão
(APPU) morreu electrocutado para salvar a vida do seu dono. A sua história foi
divulgada em primeira mão por usuários das redes sociais de Kerala. Ajesh, o dono
do cão, que andava devagar por ter tido um acidente há pouco tempo, caminhava
matinalmente com o seu filho e o dedicado animal no intuito de ir comprar leite.
Em conversa com os repórteres, Ajesh disse que o Appu ia na frente deles e que
em determinada altura do caminho, o cão detectou um cabo eléctrico solto, com
corrente e descarnado. Ao detectá-lo, puxou-o para o lado com os dentes para
que nada acontecesse ao seu dono e ao filho. Infelizmente, o cão viria a morrer
de electrocução, bem na frente daqueles que optou por salvar. As autoridades do
Conselho de Electricidade do Estado de Kerala (KSEB) desligaram mais tarde o
fornecimento de energia, ocasião em que o corpo de Appu foi recuperado.
O cão, que estava com a família há dois anos, foi posteriormente enterrado junto a um prédio residencial. Foram muitos os que através das redes sociais estenderam as suas condolências aos donos do animal, exaltando em simultâneo a lealdade canina. Apesar da história parecer demasiado rebuscada para os mais cépticos, eu posso garantir-lhes que tal é possível e que já me aconteceu com cães e cavalos. Lembro-me imediatamente do sucedido num dia de invernia tremendo, lá para a década de 80, com inundações por todo o lado, estradas cortadas e pontes caídas, quando decidi ir ver de uma manada Mertolenga que se encontrava à solta num cerro. Ao chegar perto de uma passagem de nível, o cavalo que montava e desbastei, parou inesperadamente e não havia nem rédea nem espora que o fizesse sair dali. Inconformado, apeei para tentar compreender a situação. Ao olhar para o chão enlameado ao meu redor, a um metro na minha frente, deparei-me com um cabo de alta tensão quebrado. Provável e lamentavelmente, há muito que este cavalo foi desfeito em bifes, mas jamais me esquecerei dele – chamava-se Trovão, era castanho e salvou-me a vida naquele dia.
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