sexta-feira, 18 de setembro de 2020

CHAMAVA-SE ELON, ERA UM RAPAZ E TINHA 12 DIAS DE VIDA

Chamava-se Elon, era um rapaz, tinha 12 dias de vida e foi morto por um dos cães da família, um mestiço de Chow-Chow, de nome Teddy considerado por todos como inofensivo. A tragédia aconteceu em Doncaster, Condado de South Yorkshire, na noite do passado Domingo. Os pais do recém-nascido agora desaparecido, Abigail Ellis de 28 anos de idade e Stephen Joynes de 35, enfrentam agora uma acusação de homicídio culposo por negligência grave.

Segundo o que é relatado pelos media britânicos, o cão (na foto seguinte) conseguiu fugir de uma cerca de madeira no quintal das traseiras e entrar no rés-do-chão da casa, dirigindo para o quarto onde se encontrava o bebé com menos de 3 kg, atacando-o em seguida. O pai e um irmão da criança em vão tentaram salvá-lo das mandíbulas do animal, que o arrancou do berço. A mãe do bebé encontrava-se no 1º andar da habitação (no andar de cima) quando tudo ocorreu. O menino ainda foi levado às pressas para o Hospital em Woodlands, mas os médicos nada puderam fazer, a não ser declarar o seu óbito. Um parente da família enlutada disse a imprensa que talvez a cerca de madeira onde o cão se encontrava não tivesse a altura apropriada. Quem conhece o cão, que foi encaminhado para canis seguros até à conclusão das investigações, diz que ele agiu por ciúme.

Ainda que possa parece cruel, eu acho que a justiça inglesa agiu bem ao considerar o incidente como um homicídio culposo por negligência grave, atendendo à falta de cuidado da mãe da criança, que para todos os efeitos deixou o bebé ao alcance do cão. A chegada de um bebé a casa pode levar um cão já lá residente a acções como esta, desgraça infelizmente cada vez mais comum. Das duas, uma: ou treinam-se os cães para coabitarem com os bebés ou criam-se condições para que nunca possam estar sozinhos com eles, muito embora uma medida não invalide a outra e as duas possam complementar-se por via de dúvida. Lamentavelmente, registamos mais uma morte evitável. As autoridades de saúde internacionais deveriam alertar as futuras mamãs para a existência deste problema.

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