Magawa,
um rato gigante africano treinado para detectar minas, que conseguiu localizar
70 artefactos explosivos que permitiram proteger 141.000 m2, foi premiado com
uma medalha por salvar vidas, recebendo a medalha de ouro da instituição de
caridade veterinária britânica People’s Dispensary for Sick Animals (PDSA),
segundo noticia o canal de televisão CNN. Perito em detectar minas antipessoal,
este simpático e útil roedor foi primeiro treinado na Tanzânia pela organização
não-governamental belga APOPO, que treina ratos para detectar minas antipessoal
e tuberculose. Esta ONG ensinou o rato Magawa a detectar o odor dos produtos
químicos explosivos usados nas minas terrestres e a relatá-los ao seu handler.
Maior
que os restantes ratos, mas leve o suficiente para nunca detonar uma mina
terrestre ao pisá-la, Magawa bem cedo mostrou excelentes aptidões para o
trabalho. De acordo com a CNN “ele consegue fazer buscas numa área do tamanho
de um campo de ténis em 30 minutos, quando um homem munido de um detector de
metais demoraria até quatro dias.” Este rato foi enviado para o Camboja com
apenas nove meses de treino, destino onde tem comprovado plenamente as suas
capacidades laborais. Apesar da Comunidade Internacional ter alegadamente adoptado
a Convenção de Proibição de Minas Antipessoal em 1997, há mais e 20 anos que se
eliminam no Camboja as armas que restaram dos conflitos anteriores, que neste
país são mais do que muitas.
Cerca de 3 milhões de minas ainda se encontram enterrados no Camboja, dos 4 a 6 milhões que foram enterradas ali desde os anos 70 do século passado. Estes dispositivos já causaram cerca de 64.000 vítimas e 25.000 amputados, de acordo com a Autoridade Cambojana de Acção contra Minas e Assistência à Vítima. A trabalhar há sete anos, o Magawa descobriu nada menos que 39 minas antipessoal e 28 munições não detonadas. Infatigável e graças ao seu talento infalível ajudou a limpar mais de 141.000 m², o equivalente a cerca de vinte campos de futebol, o que é uma grande proeza mesmo para um Super Rato.
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