segunda-feira, 14 de setembro de 2020

CÃES NA LINHA DA FRENTE

Desde quinta-feira da semana passada ficou claro que a peste suína africana (PSA) chegou à Alemanha. Esta doença animal foi confirmada num javali morto em Brandenburg, estado federal no leste do país, bem no centro da ex-República Democrática alemã, cuja capital é Potsdam. Agora o que importa fazer é impedir que a doença se espalhe. Para se conseguir isso, já se encontra em Brandenburg um esquadrão de cães de Schleswig-Holstein para ajudar a encontrar os javalis mortos pela PSA, que junto com os cães farejadores de Saarland, são os únicos capacitados e autorizados para este trabalho. A treinadora de cães de Segeberg, Stefanie Hausser, depois de dizer que um javali morto é difícil de encontrar, completou.” Os animais escondem-se porque não estão bem e morrem algures no matagal ou no campo. No entanto, é muito importante rastrear todos os javalis mortos pela infecção, para conter a peste eficazmente. Eles têm que ser eliminados rapidamente, porque o vírus fica no solo por muito tempo.” Depois disto, facilmente se compreende porque razão os cães se encontram na linha da frente no combate à PSA – os seus narizes são uma preciosa ajuda!
Só no passado sábado é que os cães do Ducado de Lauenburg conseguiram passar no teste de detecção de cadáveres e serão eles quem renderão os primeiros cães a ser implantados no terreno, cujo trabalho será iniciado na próxima semana. Infelizmente, as câmeras de imagem térmica não são tão confiáveis quanto o nariz dos cães, porque os javalis perdem o calor corporal assim que morrem. Para a adestradora Hausser, este trabalho em Brandenburg é uma honra, até porque viu o treino dos cães ser ridicularizado no seu início. Na Alemanha, um estado federal só é considerado livre da peste suína africana se não for encontrado nenhum animal doente durante 6 meses no seu território. Resta dizer, para quem não está dentro destes meandros, que a PSA é uma grande ameaça para os matadouros, já que os porcos domésticos podem ser facilmente infectados pela doença. Resta dizer que, para certos serviços, os cães ainda não têm substitutos à altura.

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