Ciclicamente,
por razões ligadas aos cumprimento pronto e imediato das ordens, somos obrigados
a reavivar os comandos de obediência nas suas diferentes linguagens através de
exercícios lúdicos que reforcem a cumplicidade entre homens e cães, nomeadamente
através de jogos e obstáculos humanos, prestando-se os últimos à sociabilização
e à eliminação de vários medos relativos às pessoas. No GIF acima, inesperada e
descontraidamente, a Nasha salta um arco suspenso adornado por 3 pessoas, dois
adultos e uma menina, balançando-se a criança na altura do salto da cadela. No
GIF seguinte, com um menino a brincar para além da linha de chamada, o seu pai
treina linearmente o comando de “aqui”, usando em simultâneo as linguagens
verbal e gestual sem esquecer a postura exigível. A linguagem mímica do cão é
esclarecedora quanto ao acerto do método escolhido.
E como
as lides do adestramento não dispensam o progresso, não podemos ficar pela
mecanicidade das acções e permitir aos nossos parceiros de 4 patas más
associações. Assim, ao “aqui” linear desempenhado pelo binómio acima,
sucedeu-lhe outro com obstáculos humanos alinhados entre a posição do cão e a
sua linha de chamada, obstáculos que obrigaram ao cumprimento do comando de “abaixo”.
Comando
de “abaixo” que viria a ser solicitado ao Soneca perante uma fila de pessoas
encabeçada por um menino de 3 anos de idade, o que obrigou a um maior controlo
do cão para não virar as crianças de pernas para o ar. Usamos o comando de “abaixo”
e não outro para o mesmo efeito, devido ao seu som sibilante, que possibilita
um travamento mais atempado quando importa reduzir a velocidade dos cães à
entrada de túneis e obstáculos de natureza similar.
Terminámos
por executar uma escada humana, exercício deveras importante e muitas vezes indispensável
para várias disciplinas cinotécnicas, tanto de índole militar como civil, quando
importa mandar um cão na frente e o obstáculo no caminho está para além da sua capacidade
de resolução ou é susceptível de colocar a sua integridade em risco, exercício que não é tão fácil quanto à partida se
julga, porque sempre será mais fácil para os cães pisar obstáculos imóveis do
que outros plenos de vida (os cães mais fracos de carácter resistem à execução
do exercício e os mais valentes são capazes de aproveitar a ocasião para
obsequiar os participantes humanos com alguns mimos).
Participaram
nos trabalhos os seguintes binómios: Afonso/Nasha; Jorge/Soneca e Paulo/Bohr. A
Liliana e os seus dois filhos colaboraram nas figuras; o Paulo Jorge esteve a
cargo da reportagem fotográfica e espera-se que o Charrôque tenha aprendido a
olhar para o cão sem dar nas vistas pelo uso da visão periférica.
Independentemente do calor que se faça sentir (homens e cães já estão
acostumados) retomaremos os nossos trabalhos hoje com a alegria de sempre.
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