Contrariamente ao que
sucede por cá, os ataques caninos acontecem com alguma frequência na Áustria e
se a situação não mudar, é bem possível que em termos de popularidade as “valsas
dos cães perigosos” (die Walzer gefährlicher Hunde) ultrapassem as de Strauss,
porque estes ataques sucedem-se uns atrás dos outros, entre cães e contra
pessoas, na sociedade civil e até nas Forças Armadas. Por enquanto ninguém sabe
a que se deve tanta efervescência, sobram apenas suposições, mas os cães já estão
a acusar a instabilidade do clima. Desta vez o despropósito sucedeu no
Município de Rum, perto de Innsbruck, no Estado do Tirol, na última
segunda-feira, dia 7 deste mês, pelas 18h20, numa barraca de comida, quando
duas meninas de 13 anos passeavam os seus dois Yorkshire Terriers brancos e um
Pit Bull Terrier, preso pela trela a uma cadeira vazia, atacou um deles,
deixando-o entre a vida e a morte.
O proprietário do cão
agressor e o seu filho acompanharam as meninas com o cão ferido a uma clínica
veterinária próxima, enquanto o Pit Bull foi levado por uma senhora ainda por
identificar. No consultório do veterinário, o homem adiantou os seus dados
pessoais e disse que pagaria todos os danos causados pelo seu cão. Mais tarde,
o veterinário descobriu que aqueles dados estavam incorrectos e apresentou
queixa à polícia, que procura agora testemunhas do incidente.
Teria o homem antecedentes
criminais? Estaria a passar por um aperto financeiro passeiro? Estaria
desempregado? Seria o cão reincidente? Caberá à polícia averiguar. No entanto,
nunca é boa ideia mandar duas meninas daquela idade passear sozinhas dois Yorkshires,
sabendo-se que estes cãezinhos são provocadores quanto baste, presas ideais
para outros cães e que raramente as meninas conseguem proteger-se e protegê-los
perante um ataque de um cão maior, como acabou por suceder.
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