Se
a tauromaquia nacional tivesse um único e oficial estandarte, hoje, depois do
cavaleiro João Moura ter sido constituído arguido, por ter os seus galgos a
morrer à fome, certamente o colocaria a meia-haste e por tempo indeterminado,
por ser uma dura facada (quiçá a de misericórdia) nas touradas e nos seus
aficionados, o pior que lhes podia ter acontecido, porque se os touros não
nasceram para as touradas, muito menos os galgos vieram ao mundo para morrer à
fome, ainda que em Espanha os matem indiscriminadamente, ano após ano, com
requintes de malvadez e com rara crueldade, selvajaria a que muitos ousam
chamar cultura. Hoje, ao divulgarmos para o mundo a imagem daqueles
galgos-zombies, todos os portugueses sentem-se e saem envergonhados,
particularmente os que vivem além-fronteiras, que certamente serão interpelados
por algo injustificável que excede a sua responsabilidade. Oxalá os animais
sobrevivam e seja feita justiça, a bem desta velha e honrada nação.
PS: Oxalá estes galgos, depois
de recuperados e para cúmulo das suas penas, não venham ainda a servir de
suporte a um ignoto banco de sangue.
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