Depois de ser obrigada a
abater um cão que corria livremente pela Autobahn 29 (A29), entre Rastede no
Distrito de Ammerland e Jaderberg no Distrito de Wesermarsch, na Baixa Saxónia,
a polícia alemã explica o porquê do seu procedimento num post no Facebook,
respondendo assim às muitas críticas nas redes sociais de que foi alvo. Segundo
os agentes, a decisão de matar o animal foi baseada no risco considerável para
os usuários afectados na A29.”, dizem no post. “O cachorro poderia ter causado
um grave acidente de trânsito.”
O abate do animal não foi
a primeira nem a única opção da polícia, pelo que rejeita as alegações de que o
cão deveria ter sido anestesiado. Na verdade houve uma tentativa de
atordoamento que falhou. O cão foi primeiro atingido duas vezes por um atirador
treinado com uma arma de choque. Provavelmente devido à alta libertação de
adrenalina, ao invés de se acalmar, o cão ainda mais se excitou. Dizem os
polícias que uma tentativa adicional poderia levar a uma overdose e por
conseguinte a uma morte agonizante do animal.
O post no Facebook explica
também a razão do uso de uma metralhadora, que segunda a polícia foi usada para
livrar o cão de sofrimento desnecessário, já que o uso de outra arma poderia
apenas feri-lo e fazê-lo agonizar ainda mais. Antes do tiro fatal, a polícia
faz saber que 10 agentes tentaram capturar o animal em vão. “Não havia
alternativas, infelizmente não foi possível", afirmou o porta-voz. O uso
de armas de fogo é sempre a nossa última opção, enfatiza o post do Facebook,
adiantando ainda que todos os agentes aderem e concordam com esse princípio.
O primeiro aviso sobre o
cão a correr na A23 foi recebido ontem pelas 08H30 da manhã, ocasião em que a
polícia rodoviária já havia detectado alguns comportamentos anómalos por parte
de alguns condutores, que ora se esquivavam, ora desaceleravam. A estrada foi
bloqueada várias vezes, tantas quantas as mudanças de lado do cão.
Inicialmente, apenas uma direcção foi bloqueada. A polícia desconhece até ao
momento a identidade do dono do animal, um cão de raça indefinida. Também ainda
não foi possível determinar quais razões por detrás da ausência da coleira e de
chip no animal.
Por tradição e cultura, o
grosso dos alemães não se sente confortável a questionar a autoridade. Hoje
fazem-no, mas não contestam ou criticam de ânimo leve as suas indicações e
explicações. Para além disto, parece-nos que a polícia rodoviária agiu muito bem
ao pensar na salvaguarda dos condutores ou seja, correctamente.
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