segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

TRUMP PROTEGIDO À FISGADA

Sei por experiência própria quão meticulosa é a segurança de um presidente norte-americano numa deslocação ao estrangeiro, porque acabei por fazer parte de uma força luso-americana de protocolo e segurança aquando da visita do Presidente Ronald Reagan a Portugal, visita que aconteceu no dia 09/05/1985. A segurança mais próxima do presidente coube em exclusivo aos “américas” que se deslocaram a Portugal em grande número e que aconteceu debaixo de cautelas rigorosas e quase inimagináveis (nem lembram ao diabo!). Desta vez, hoje e amanhã, Trump estará na Índia e irá visitar o idílico Taj Mahal, um monumento erigido ao amor. A segurança de Trump, o que me dá uma imensa vontade de rir, será ser completada por uns quantos indianos equipados a rigor e munidos de fisgas (estilingues no Brasil).
E isto porquê? Para evitar os possíveis ataques dos macacos que vivem ao redor do Taj Mahal sobre a comitiva presidencial norte-americana, que a acontecerem seriam um autêntico desastre. Estima-se que o número destes macacos rhesus oscile entre os 500 e os 700 indivíduos, sendo particularmente agressivos na procura de comida, sucedendo-se os ataques sobre turistas. Para que o topete de Donald não venha a sofrer alteração, polícias e agentes de segurança indianos far-se-ão presentes de fisga em punho durante a visita deste controverso presidente americano (será que a venda das fisgas por parte dos indianos aos Estados Unidos fará parte de algum protocolo de comércio a celebrar entre os dois países?).
Os macacos “não são flor que se cheire”, porque em 2018 morderam dois turistas franceses e no mesmo ano entraram numa casa e mataram um bebé com 12 dias. De acordo com o testemunho de um morador local, citado pelo India Today, “O terror é tão grande que as mulheres e as crianças têm medo de subir aos telhados das suas casas, que estão gradualmente a transformar-se em território dos macacos. Contudo, o Chefe de Segurança do Taj Mahal, segundo declarações dadas o ano passado à Reuters, mostrou-se confiante e é peremptório no que concerne ao controlo dos macacos: “ Eles (os macacos) ficam assustados quando nos vêem brandir as fisgas e põem-se em fuga.”
Nesta ocasião, Trump não precisará de “fazer macacadas” como é seu costume nas deslocações ao estrangeiro, porque já tem por lá muito quem as faça, bastando para tal dar sumiço às fisgas!

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