Esclarece-se desde já,
para que não restem dúvidas a ninguém, que este blogue é apartidário, não tem
conexão com quaisquer políticas de extrema-direita, direita, do centro-direita,
do centro-esquerda, da esquerda ou da extrema-esquerda, e por aí adiante, sejam
elas nacionais ou estrangeiras, assim como na alinha com organizações ou
movimentos como a PETA e seus derivados. Porém, ainda não consigo compreender por
que motivo ser de direita em Portugal é um crime lesa-majestade ou uma
despudorada afronta. E, de tal maneira o é, que a maioria daqueles que o são
não ousam dizê-lo, sabe-se lá com medo de quê?
Quer queiram ou não, os
proprietários de animais de estimação, mormente de cães e gatos, cujo número
não pára de crescer, estão a ser cada vez mais cobiçados pelos políticos, que
empenhados na caça ao voto, fazem-lhes promessas tentadoras que não virão a
cumprir, exactamente como outras que se quedaram nos discursos inflamados das
campanhas eleitorais. E têm sido tantas, que o povo já se vai esquecendo delas!
E nisto não há diferença entre os políticos, todos querem o mesmo e não olham a
meios (o que hoje é verdade em política, amanhã pode ser mentira), seduzidos que vão
pela cadeira do poder.
Marine Le Pen, Presidente
do Rassemblement National, denominado Front National, partido confesso de
extrema-direita, já a pensar nas eleições municipais deste ano, promete duas coisas
ao eleitorado por parte dos aspirantes a Prefeitos do seu partido: que os impostos
locais não serão aumentados e que se irão comprometer-se a negociar uma companhia
de seguros mútua para animais de estimação, que será oferecida aos cidadãos a
preços abaixo dos praticados no mercado. Esta última medida prometida, ao ser
consensual, permitirá à Front National visar um potencial eleitorado de vários
milhões de pessoas.
O namoro do Rassemblement
National pelos proprietários de “chiots” e “chatons”, pela causa animal,
remonta há já alguns anos, de modo mais evidente a partir de 2016. É sabido que
Marine tem 3 gatos e ela não se escusa a mostrá-los quando importa que sejam
vistos e se alcançar votos através deles, tanto melhor!
A presidente da Front
Nacional não é única a socorrer-se de animais e a abraçar o seu tema, por toda
a Europa e pelo mundo afora, os governantes de hoje fazem-se acompanhar por
cães para melhorar a sua imagem junto dos seus cidadãos e eleitores, como muito
bem sabe o hóspede que habita agora o Palais de l'Élysée!
Se tudo isto contribuir
para o bem-estar dos animais, louvam-se os esforços e nada mais há a dizer.
Todavia, a cautela não me permite “embandeirar em arco” ou deixar-me levar pelo
entusiasmo, porque temo que tudo não passe de um discurso de circunstância e que
os donos dos animais venham a ser tão descartáveis quanto os outros sem cão e sem gato, que nunca imaginaram que viessem a fazer deles "gato-sapato".
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