O nariz
que poderá salvar milhões é o do cão. Tal como acontece noutros países, onde a
detecção canina de vários cancros está a ser testada, na França procura
saber-se se o olfacto canino é capaz de detectar o cancro da mama. A iniciativa coube
ao Institut Curie, uma fundação privada, sem fins lucrativos, que se dedica
especialmente à investigação oncológica.
Este Instituto está a
levar a cabo uma experiência que envolve 450 mulheres, metade das quais com
cancro da mama, que cães especialmente treinados e particularmente sensíveis
tentarão identificar através de gazes por elas usadas, indicando assim quais as
pacientes atingidas pela doença.
A experiência ficou a
dever-se à intuição de uma enfermeira especializada em efeitos do cancro,
Isabelle Fromantin (na foto seguinte), que se convenceu que os componentes “voláteis”
da doença poderiam actuar como ferramentas de diagnóstico, não para substituir
as mamografias, mas para oferecer uma alternativa capaz àqueles que são
reticentes em relação a estes exames ou que por razões várias não podem
aceder-lhes.
Este projecto arrancou em
2016 graças ao compromisso do Instituto e a uma campanha de doações que
promoveu. Na eventualidade do teste produzir resultados positivos, os
cientistas do Curie alvitram a hipótese de futuramente usarem também cães para
detectar o cancro do ovário. Experimento semelhante está a acontecer no
Hospital Tenon, na capital francesa, unidade hospital do serviço público particularmente
conhecida pela excelência dos seus serviços de urologia e pneumologia, onde a
possibilidade de treinar cães para detectar o cancro da próstata a partir de
uma amostra de urina já acontece há 10 anos.
Eu não sei onde acabam as mais-valias
caninas, mas agrada-me saber que estão sempre a descobrir novas para a saúde e bem-estar da humanidade, apesar dos cães estarem ao nosso lado há
milhares de anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário