O Greening ou Huanglongbing
(HLB) é uma doença causada pelas bactérias Candidatus Liberibacter spp,
Candidatus Liberibacter africanus, Candidatus Liberibacter asiaticus e
Candidatus Liberibacter americanus que afecta os citrinos (laranjeiras,
limoeiros e tangerineiras) deixando-lhes as folhas parcialmente amarelas e
salpicadas de manchas irregulares. Ocorrem também malformações nos
frutos e é necessário arrancar as árvores afectadas para não contaminarem o
pomar inteiro.
O problema é que a
infecção das árvores demora a ser vista a olho nu, o que facilita o trabalho ao
patógeno que dissimuladamente pode estender-se fatalmente a todo o pomar. E
quando assim sucede, as laranjas e os limões murcham, tornam-se não-comestíveis
e as árvores acabam por morrer, doença que destrói milhares de hectares de
pomares e que causa prejuízos na ordem dos biliões de dólares, principalmente
na Florida/USA e no Brasil. Em algumas regiões a produção já caiu 70%.
A única chance para levar
de vencida a doença, salvar os pomares e evitar os prejuízos é a detecção
precoce das suas infecções ocultas, que obriga ao arrancar imediato das árvores
infectadas para não contagiarem as saudáveis, o que equivale a dizer que é
necessário um método eficaz e ao mesmo tempo barato para o seu diagnóstico
precoce. Até à presente data, infelizmente, ainda não se conseguiu um método
laboratorial-científico capaz de detectar oportunamente a doença (os testes
laboratoriais só conseguiram detectar a infecção 17 meses depois).
Timothy Gottwald, do
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em Fort Pierce, junto com os
seus colegas, decidiu explorar o potencial dos cães detectores no diagnóstico
de doenças arborícolas, com especial incidência na chamada Citrus Greening ou
Huanglongbing, causada pela bactéria Candidatus Liberibacter. Importava que os
cães fossem capazes de reconhecer a infecção pelo olfacto no seu estágio inicial.
Depois de treinados, os cães experimentais foram capazes de identificar
laranjeiras doentes duas semanas após a inoculação, atingindo uma taxa de
sucesso de 99%.
De acordo com o mesmo
Gottwald (na foto seguinte), com o precioso contributo dos cães detectores e a
remoção das árvores doentes por eles detectadas, a indústria dos citrinos pode
retornar à sustentabilidade economia por período aproximado de 10 anos.
Em tempos idos ia-se para
a Califórnia a cavalo, mas com a chegado do automóvel o animal entrou em desuso.
O cão sempre acompanhou o homem na conquista do Oeste e por lá continua, agora não
só a guardar casas e a tomar conta do gado, mas também a policiar limoais e
laranjais!
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