segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O PAI É DOIDO, A MÃE É MALUCA, O QUE VIRÁ DALI?

Se você de um momento para o outro, sem razão aparente, se começar a lembrar de pessoas e episódios há muito esquecidos e a esquecer-se com facilidade dos acontecimentos recentes, não tenha dúvida - a 3ª idade está a bater-lhe à porta. E como eu já lha abri, lembrei-me duma sentença em forma de questão proferida por um sujeito gordo, aparentemente doente e envelhecido, que antes de desaparecer de morte súbita, disse acerca de um rebento alheio: “O pai é doido, a mãe é maluca, o que virá dali?” O profeta daquela ocasião, de quem agora recordo o nome, pessoa de somenos importância, não chegou a ver o infante na idade adulta, mas dali não veio grande coisa!
Desconheço a razão pela qual me lembrei desta sentença (há coisas que só me acontecem ao acordar), mas sei muito bem onde pode ser aplicada – nos descendentes de cães de inolvidável pedigree, que transmitem à sua prole as mesmas impropriedades (insuficiências) que transportam e que infelizmente chegam a potenciá-las nos seus descendentes directos por via da endogamia e da consanguinidade continuadas. Obviamente que destes cães não virão cachorros rústicos, equilibrados e saudáveis, aptos para a sobrevivência e próprios para o auxílio dos homens. Por vezes, e já houve quem o dissesse antes de mim, quanto menos pedigree, melhor! Quando optar por comprar um cachorro informe-se prévia e detalhadamente, não se deixe embeiçar por papeladas, observe, examine e estude os seus progenitores (morfologia, interacção e comportamento) e peça o seu certificado de despiste das doenças mais comuns presentes na raça. Mas se não quiser ter estes cuidados, melhor será adoptar um rafeiro, animal que por norma é saudável, longevo e isento de problemas.

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