Estamos a tratar do Lobo
do Himalaia (Canis himalayensis), um lobo mais antigo que o Lobo Cinzento
encontrado em grandes partes da América do Norte e na Eurásia, um animal do
qual pouco se sabe, considerado até há bem pouco tempo como mais um lobo
cinzento isolado a grande altitude, mercê do esquecimento da ciência e do desprezo
pela sua conservação, uma vez que nenhuma acção de conservação foi levada a cabo,
o que teve como consequência o seu declínio populacional silencioso.
Há 4 dias atrás, no
passado dia 21 do corrente mês, uma pesquisa da responsabilidade de vários
cientistas do Departamento de Zoologia da Universidade de Oxford/UK, publicada
no “Journal of Biogeography”, revelou a singularidade genética evolutiva deste
lobo tendo em conta muitos marcadores genéticos diferentes, incluindo uma
adaptação genética para suportar o ambiente a grande altitude, adaptação singular,
uma vez que não foi encontrada em mais nenhum lobo.
Os cientistas e autores
desta pesquisa enfatizam o facto do Lobo do Himalaia ser um dos principais
carnívoros das grandes altitudes asiáticas, ecossistemas que abrigam algumas
das últimas grandes áreas intactas do nosso planeta e que a protecção destes lobos
é fundamental para a preservar esses mesmos ecossistemas, porque os principais
carnívoros são essenciais para manter o ecossistema saudável e equilibrado.
Esta preocupação agiganta-se quando se sabe que os recursos hídricos para
milhões de pessoas no Sudeste Asiático provêm das grandes altitudes asiáticas,
pelo que importa, atendendo ao interesse global, manter os seus ecossistemas e
as populações de vida selvagem saudáveis.
Como ninguém pára a
ciência, aguardam-se novos desenvolvimentos sobre o assunto, porque ele é
deveras interessante para quem trabalha cães em grande altitude, como sucede com
os cães de resgate nas montanhas mais altas da Europa.
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